IPATINGA – Depois de receber cerca de 151 inscrições, vindas de 10 estados, o Grupo Teatral Boca de Cena anuncia os selecionados para compor o elenco do processo artístico digital “Os Cegos”, uma adaptação da obra de Michel de Ghelderode, com direção, dramaturgia e adaptação assinada pelo diretor Márcio Abreu com direção musical e desenho sonoro de Felipe Storino, ambos da Cia. Brasileira de Teatro, sediada em Curitiba.
De acordo com Claudinei de Souza, assistente de direção e diretor de produção do projeto, a seleção foi trabalhosa e prazerosa. “Recebemos inscrições de artistas de 10 estados e 21 cidades que, junto com a gente, acreditaram neste sonho. Foi difícil trabalhar na seleção pois a qualidade, vivencias e particularidades de cada inscrito nos surpreendia e nos emocionava a cada momento. Optar por apenas 12 pessoas, em meio a tantos profissionais competentes tirou o nosso sono”, destaca Claudinei.
As inscrições vieram de São Paulo, Bahia, Pernambuco, Paraná, Sergipe, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Ceará e Minas Gerais. E os selecionados são: Márcia do Valle, do Rio de Janeiro; Gabriela Felipe, de São Paulo; Jonathan Rodrigues, de Aracaju; Genário Neto, de Salvador; Dio Heroro, Ju Abreu, Arthur Barbosa e Wagner Alves, de Belo Horizonte e do Vale do Aço Matisael Lima, Gustavo Nascimento, Camila Vaz e Léo Coessens.
A MONTAGEM
Claudinei destaca que, inicialmente, a montagem seria de forma tradicional, com participação de 04 atores. Entretanto, com as normas de distanciamento e isolamento que estamos vivendo, em função do momento atual, o formato foi adaptado para podcast, com a obra dividida em três episódios.
Márcio Abreu, que assina a direção e adaptação da montagem também destaca a dificuldade em selecionar o elenco. “Não foi fácil, levamos em conta os critérios previamente definidos pela comissão de seleção. Agora será um exercício de composição dos elencos de cada dia. Mas tenho pensado em incluir todes, em tudo, de algum modo, com apoio de vozes e sonoridades, numa espécie de polifonia”, avalia o diretor.
O dramaturgo, diretor e ator Márcio Abreu fundou e integra a Companhia Brasileira de Teatro, sediada em Curitiba. Seu trabalho é focado, entre outras coisas, na articulação e criação de novas escritas para a cena e na interseção entre os diversos campos da arte. Realiza ateliês e workshops de dramaturgia, encenação e processos criativos em diversos festivais e instituições. Orientou o núcleo de encenação do Sesi-PR durante 2 anos e orientou trabalhos de novos dramaturgos no núcleo de dramaturgia do Sesi-SP.
TRILHA
Na direção musical e desenho sonoro da montagem, o projeto teve a participação do compositor, músico e produtor musical Felipe Storino. Formado em Ciências Sociais na UFRJ/IFCS, teve formação musical independente, por influência de seu Bisavô Arthur Costa. Storino criou as trilhas sonoras originais para os espetáculos de diversas companhias de teatro no Brasil como: Cia. Teatro Autônomo, Companhia Brasileira de Teatro, Aquela Cia de Teatro onde desenvolveu um trabalho de continuidade na narrativa musical, além de ter trabalhado com outras companhias como: Cia dos Atores, Grupo Galpão, Cia Pequod, Áreas Coletivo de Arte, Cia. Zeppelin, além de diversas produções independentes.
As apresentações dos podcasts estão previstas para dezembro deste ano. A montagem conta com o patrocínio do Governo do Estado de Minas Gerais, por meio do Fundo Estadual de Cultura. A realização é do Grupo Teatral Boca de Cena, com produção de Marilda Lyra e Rodolfo Bello e direção de produção de Claudinei de Souza. As atividades do Grupo Boca de Cena podem ser seguidas no instagram @bocadecenaipatinga e no canal no youtube Grupo Teatral Boca de Cena Ipatinga.