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Atos contra Bolsonaro mobilizam em 20 capitais e no interior

Protestos contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido) foram registrados em cidades de todas as regiões do país. Apesar dos pedidos dos organizadores para que fosse mantido o distanciamento social, houve aglomeração na maior parte dos atos. O uso de máscaras foi massivo.

As manifestações ocorreram em ao menos 20 capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Belém, João Pessoa, Brasília, Salvador, Aracaju, Maceió, Teresina, Recife, Palmas, Porto Velho, São Luís, Fortaleza, Natal e Manaus.

Em Belo Horizonte, o protesto foi organizado pela frente ampla Povo sem Medo. Pela manhã, bandeiras de movimentos populares foram erguidas e o público se movimentou na Praça da Liberdade e seguiu para a Praça Sete. As pessoas usavam máscara, porém o distanciamento social não foi respeitado. Segundo o tenente Fernandes, da Polícia Militar, 5 mil pessoas foram ao protesto. Os organizadores falam em 6 mil pessoas. Manifestantes gritavam expressões como “Fora Bolsonaro” e contra prefeito Alexandre Kalil (PSD), que disse que poderia cortar o salário de professores que entrassem em greve. Estavam presentes partidários do PT, PSOL, PCdoB, entre outros.

Manifestação contra Bolsonaro e pela vacina em Belo Horizonte

ATOS PACÍFICOS

Os atos, organizados por grupos de esquerda —como a Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo e o Povo na Rua— correram de forma pacífica e sem incidentes, com exceção da manifestação em Recife, onde a PM lançou bombas contra manifestantes. Também na capital pernambucana, um policial lançou spray de pimenta no rosto da vereadora Liana Cirne (PT).

Ato contra o genocídio e “Fora Bolsonaro” no Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, houve uma tentativa frustrada de manter o distanciamento durante a caminhada do Monumento a Zumbi dos Palmares, na avenida Presidente Vargas, no centro, até o Largo da Carioca, também no centro. O uso de máscaras foi quase unânime, sob sol forte e temperaturas acima dos 30 graus. Os organizadores do evento, o MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto) e Povo na Rua estimam que entre 30 e 50 mil pessoas participaram ao longo do ato.

PAUTAS

Além do impeachment do presidente Bolsonaro, tanto nas falas como em bandeiras, camisetas, faixas e adesivos, houve uma diversidade de pautas: pedidos por vacina, emprego e a paralisação de processo de privatização, como da Cedae e da Eletrobrás, e apoio a instituições como a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e a Fiocruz.

Manifestação anti-Bolsonaro fechou a Avenida Paulista

GENOCIDA

Em Salvador, o ato nesta manhã reuniu centenas de pessoas no Largo de Campo Grande. Alguns usaram guarda-chuvas com sílabas da palavra genocida. Uma grande faixa puxa a caminhada com os dizeres: “vida, pão, vacina e educação”. O corte de verba das universidades federais este ano também foi lembrado pelos manifestantes. Em Brasília, a organização colocou faixas no gramado em frente ao Congresso para incentivar o distanciamento de 2 metros entre os presentes. Máscaras PFF2 e álcool em gel também foram distribuídos aos participantes. A regra, contudo, não foi plenamente respeitada em alguns momentos, e houve aglomerações.

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