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Atividade fabril na China tem contração recorde por coronavírus

PEQUIM – A atividade fabril na China se contraiu no ritmo mais rápido já registrado em fevereiro, ainda pior do que durante a crise financeira global, destacando os danos colossais causados ​​pelo surto de coronavírus na segunda maior economia do mundo.

Analistas consultados pela Reuters esperavam que o PMI de fevereiro caísse a 46,0.

As sombrias leituras fornecem a primeira evidência rápida oficial do estado da economia chinesa desde o início da epidemia de coronavírus, que matou quase 3 mil pessoas na China continental e infectou cerca de 80 mil.

Os dados indicam que a interrupção econômica provocada pelo vírus provavelmente se estenderá a todo o primeiro trimestre de 2020, uma vez que o surto da doença causou restrições generalizadas de transporte e exigiu a adoção de difíceis medidas de saúde pública que paralisaram a atividade econômica.

“Esperamos que o crescimento anual de todos os dados de atividade seja negativo em janeiro-fevereiro, já que a economia da China está severamente limitada desde 23 de janeiro”, disseram analistas da Nomura em nota após a divulgação dos dados, citando o prolongado feriado do Ano Novo Lunar e a lenta retomada dos negócios.

O Nomura agora espera que o crescimento no primeiro trimestre seja de 2% em relação ao ano anterior, enquanto a Capital Economics estima que a economia da China contrairá em termos anuais neste trimestre pela primeira vez desde pelo menos a década de 1990.

Um subíndice da produção manufatureira caiu para 27,8 em fevereiro, em relação a 51,3 de janeiro, enquanto a leitura de novos pedidos caiu para 29,3, ante 51,4 no mês anterior.

Analistas estão alertando que a disseminação do coronavírus para outros países afetará as cadeias de suprimentos globais e limitará a recuperação dos fabricantes chineses.

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