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“Precisamos de um mundo de cooperação, equilíbrio e paz”, diz Lula no México

SÃO PAULO – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz um giro pelo México, onde se encontra com o presidente Andrés Manuel López Obrador. Acompanham Lula na viagem a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, os ex-ministros Celso Amorim e Aloizio Mercadante, que é presidente da Fundação Perseu Abramo, e o senador Humberto Costa.

Brasil e México são os dois maiores países em população e território e também as duas maiores economias da América Latina.

Além do encontro com o presidente, Lula irá falar para deputados e senadores mexicanos, além de lideranças políticas do MORENA, o partido de López Obrador.

REFORMA PROFUNDA

Em entrevista ao jornal mexicano La Jornada, o ex-presidente Lula defendeu a relação entre Brasil e México, a integração latino-americana e uma “reforma profunda” da governança global para enfrentar questões como pandemia, aquecimento global e desigualdades brutais dentro dos países e entre eles.

“Precisamos trabalhar um mundo de cooperação, equilíbrio e paz, com instituições internacionais representativas e efetivas. Problemas ambientais, especialmente o aquecimento global, a pandemia e as brutais desigualdades dentro dos países e entre eles, exigem uma reforma profunda da governança global. A América Latina tem que estar unida nesse esforço para um mundo que quer paz e não aguenta mais a guerra”.

DESTRUIÇÃO

Em respostas a questionamentos sobre o Brasil, o ex-presidente afirmou que o país está sendo destruído, com aumento da pobreza e da fome, com 116 milhões de pessoas em alguma situação de insegurança alimentar. “Estou convencido de que o povo brasileiro se cansou dessa anomalia que estamos vivendo e um democrata será eleito em 2022”.

Para Lula, a volta da extrema direita ao governo do Brasil resulta de inconformismo das elites com os acertos dos governos petistas, que fizeram inclusão social, fortaleceram os investimentos em educação, saúde pública, ciência e tecnologia, além industrialização, desenvolvimento autônomo e uma política soberana no setor de óleo e gás. “Como não conseguiram derrotar os governos liderados pelo PT por meios democráticos, passaram a atacar a própria política, criando uma espécie de antipolítica. Foi isso que fez surgir o desastre que é o atual governo”.

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