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Número de mortos por vírus na China sobe para 41; EUA, França e Austrália confirmam casos

PEQUIM – O número de mortos pelo surto de coronavírus na China saltou para 41 neste sábado, marcando um começo sombrio para o Ano Novo Lunar no país asiático, com Hong Kong declarando uma emergência de vírus, cancelando celebrações e restringindo as ligações à China continental.

A Austrália confirmou neste sábado seus quatro primeiros casos, a Malásia confirmou três e a França relatou os primeiros casos da Europa na sexta-feira, enquanto as autoridades de saúde de todo o mundo lutam para evitar uma pandemia.

A líder executiva de Hong Kong, Carrie Lam, declarou no sábado uma emergência de vírus no centro financeiro asiático, com cinco casos confirmados, interrompendo imediatamente as visitas oficiais à China continental e suspendendo as celebrações oficiais do Ano Novo Lunar.

Os voos de entrada e saída e as viagens de trem de alta velocidade entre Hong Kong e Wuhan, o epicentro do surto, serão suspensos e as escolas, agora no feriado do Ano Novo Lunar, permanecerão fechadas até 17 de fevereiro. O território também tratava 122 pessoas com suspeita de ter a doença.

O número de mortos na China subiu para 41 neste sábado, ante 26 no dia anterior, e mais de 1.300 pessoas foram infectadas globalmente com um vírus encontrado em um mercado de frutos do mar na cidade central de Wuhan, que vendia ilegalmente animais silvestres.

Hu Yinghai, vice-diretor geral do Departamento de Assuntos Civis da província de Hubei, onde fica Wuhan, fez um apelo no sábado por máscaras e roupas de proteção. Os hospitais da cidade fizeram pedidos semelhantes.

“Estamos constantemente avançando no controle e prevenção de doenças … Mas agora estamos enfrentando uma crise de saúde pública extremamente grave”, disse ele em entrevista coletiva.

Os veículos que transportam suprimentos de emergência e equipes médicas para Wuhan estão isentos de pedágios e vão receber prioridade no trânsito, informou o Ministério dos Transportes da China neste sábado.

Wuhan disse que proibiria veículos não essenciais do centro da cidade a partir de domingo para controlar a propagação do vírus, paralisando ainda mais uma cidade de 11 milhões de pessoas que está em confinamento virtual desde quinta-feira, com quase todos os voos cancelados e postos de controle bloqueando as principais estradas fora da cidade.

Autoridades impuseram restrições de transporte a quase toda a província de Hubei, que tem uma população de 59 milhões.

Na Austrália, três homens, com 53, 43 e 35 anos, em Nova Gales do Sul, estavam em condições estáveis ​​após terem confirmado o vírus depois de voltarem de Wuhan no início deste mês.

Um cidadão chinês na casa dos 50 anos, que estava em Wuhan, também estava em condições estáveis ​​em um hospital de Melbourne depois de chegar da China em 19 de janeiro, disseram autoridades da Victoria Health.

A rede estatal China Global Television informou no Twitter neste sábado que um médico que estava tratando pacientes em Wuhan, Liang Wudong, 62 anos, morreu do vírus.

Não ficou claro imediatamente se sua morte já foi incluída no número oficial de 41, dos quais 39 estavam na província central de Hubei, onde Wuhan está localizada.

A rede de cafeterias norte-americana Starbucks disse neste sábado que estava fechando todos os seus pontos de venda na província de Hubei para o feriado de Ano Novo Lunar de uma semana, após um movimento semelhante do McDonald’s em cinco cidades de Hubei.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO

Em Pequim, neste sábado, trabalhadores em trajes de proteção brancos verificaram a temperatura dos passageiros entrando no metrô na estação ferroviária central, enquanto alguns serviços de trem na região do delta do rio Yangtze, no leste da China, foram suspensos, disse a operadora ferroviária local.

O número de casos confirmados na China é de 1.287. O vírus também foi detectado na Tailândia, Vietnã, Cingapura, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Nepal e Estados Unidos.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA disseram na sexta-feira que tinham 63 pacientes sob investigação, com dois casos confirmados.

Embora a China tenha pedido transparência na gestão da crise, após a disseminação da Síndrome Respiratória Aguda Grave de 2002/2003, as autoridades de Wuhan foram criticadas por lidar com o atual surto.

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