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Indústria do aço deve voltar a crescer em 2017, prevê Alacero

RIO – O presidente da Associação Latino-Americana de Aço (Alacero), Jefferson de Paula, previu nesta terça (25), durante congresso do setor, uma “animadora recuperação da economia e da indústria do aço para a América Latina em 2017”.
Jefferson de Paula – que também é CEO da ArcelorMittal Aços Longos para as Américas Central e do Sul e membro do Comitê Executivo do Grupo ArcelorMittal – destacou que, "o cenário econômico mundial mostra sinais de recuperação, com projeção de crescimento de 3,4% já em 2016” .
Segundo ele, a China “deve continuar desacelerando” sua economia, mesmo tendo registrado crescimento de 6,7% no terceiro trimestre deste ano. Já a América Latina, mesmo na delicada situação econômica pela qual vem atravessando, deve dar “um giro positivo”, uma vez que organismos internacionais esperam crescimento de 1,6% [no continente] para o ano que vem, falou. No Brasil, segundo ele, “as expectativas para o próximo ano são animadoras, apoiadas por uma vontade política disposta a sair da crise".

AMÉRICA LATINA
A avaliação do executivo é de que a América Latina consumirá 64,8 milhões de toneladas de aço em 2016, volume 6,5% menor do em 2015, mas deverá fechar 2017 com crescimento de 3,6%, em relação a 2016. Segundo ele, isto ocorrerá porque há a expectativa de avanços significativos no consumo de aço nos principais mercados da região: México, Brasil, Argentina e Colômbia, que projetam aumento no setor de, respectivamente, 3,2%, 3,8%, 5,8% e 3,9% para o próximo ano.
Jefferson de Paula lembra que o Brasil viu, em 2015, a sua indústria do aço diminuir de tamanho e regredir aos níveis de 2006 e 2007, “evidenciando os graves efeitos deixados pela crise da qual o país tenta se livrar”. Ele acredita, no entanto, que “o pior já ficou para trás e que o país está caminhando a passo firme para recuperar as perdas”.

LONGO CAMINHO

Para o executivo, no entanto, há ainda um longo caminho em direção à recuperação plena das economias dos países da América-Latina. “Muitos são os desafios. A região deve realizar suas reformas estruturais, alcançar uma maior integração econômica regional, promover diversificação de suas exportações, maior investimento doméstico e estrangeiro e obter uma maior segurança institucional".
De Paula defendeu a necessidade de se promover “políticas que fomentem a competitividade e a industrialização, definir e aplicar uma estratégia integral frente às importações chinesas, reforçar o combate ao comércio desleal, utilizar políticas aduaneiras eficientes e efetivas que garantam o cumprimento dos padrões de qualidade exigidos e, por último, reforçar a cadeia de valor com a indústria manufatureira".

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