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Flávio Dino diz que pedirá extradição de Torres caso não se apresente até segunda

BRASÍLIA – O ministro da Justiça, Flávio Dino disse hoje que irá pedir a extradição de seu antecessor, o ex-ministro Anderson Torres se ele não se apresentar à Polícia Federal até segunda-feira. A declaração de Dino foi feita após uma cerimônia que homenageou profissionais que combateram os invasores golpistas do último domingo (8).

“Vamos aguardar até a segunda-feira que a apresentação [de Anderson Torres à PF] ocorra. Nós desejamos que ela ocorra, porque isso vai possibilitar o andamento das apurações. Caso a apresentação não se confirme, por intermédio dos mecanismos internacionais, vamos deflagrar na próxima semana os procedimentos voltados à extradição, uma vez que há ordem de prisão”, disse Flávio Dino.

CHEGADA AO BRASIL

Segundo ele, Torres afirmou que vai se entregar, possivelmente na manhã deste sábado (14). A situação de Torres se complicou após a PF (Polícia Federal) encontrar num armário na casa dele um rascunho de um decreto para mudar o resultado da eleição, conforme revelou o jornal “Folha de S.Paulo”. Torres disse que a minuta estava fora de contexto e que seria triturada.

PERGUNTAS

Chegando ao Brasil, ele precisará responder quem produziu o decreto e a circunstância que foi elaborado. Mesmo antes de o documento ser divulgado, já havia um pedido de prisão contra Torres por sua atuação omissa durante os atos terroristas no DF no domingo (8). A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes e atendeu a um pedido da AGU (Advocacia-Geral da União).

SEM ELEMENTOS

A descoberta do rascunho do decreto complicou a situação do ex-ministro Anderson Torres, homem de confiança de Bolsonaro. Mas o ministro da Justiça disse que, até o momento, não existem indícios que justifiquem a inclusão dos ex-presidente na investigação.

“Nós não temos elementos ainda neste instante, nós que eu digo, a polícia judiciária, a Polícia Federal para afirmarmos que o Bolsonaro é investigado.” Bolsonaro está nos Estados Unidos. Ele viajou dois dias antes de acabar seu mandato. Minuta prova plano de golpe. Dino afirmou que a minuta do rascunho do decreto para mudar resultado da eleição configura elemento para entender uma sucessão de eventos entre a proclamação do resultado da eleição e a tentativa de golpe.

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