Para governador, “houve um erro, talvez até proposital do Governo Federal que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse de vítima”
BRASÍLIA – O governador do estado de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que o governo federal pode ter “errado” propositalmente para se fazer de “vítima”, nos ataques de 8 de domingo, onde manifestantes bolsonaristas depredaram os palácios dos Três Poderes – Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). Pela lógica de Zema, que mira apenas no novo governo, o Congresso nacional e o STF também teriam feito vistas grossas e subestimado os atos golpistas
À Rádio Gaúcha, Zema que é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) talvez tenha feito vista grossa para a eventual chance de vandalismo.
“Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital do Governo Federal que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão apontar se foi isso”, disse.
“MANIFESTAÇÃO PACÍFICA”
O governador ainda saiu em defesa das pessoas que “estão se manifestando”, segundo ele, “de forma pacífica”.
“Você confundir um cidadão de bem com um depredador é erro gravíssimo. Que se puna essas pessoas que fizeram o vandalismo. Agora, estender isso a esses que estão se manifestando de forma ordeira, é uma situação muito distinta”, completou.
Na fala, ele ainda saiu em defesa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que foi afastado pelo período de 90 dias em virtude de decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Para Zema, a decisão de afastá-lo foi “prematura, desnecessária e injusta”.