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Vítimas de acidente na Gerdau são sepultados em Ipatinga e Lafaiete

BH – São enterrados nesta quarta-feira (16) os dois trabalhadores mortos na explosão em uma usina da Gerdau, em Ouro Branco, na região Central do Estado. A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, que está acompanhando o ocorrido desde o momento do acidente.
Fernando Alves Peixoto, de 40 anos, era funcionário da siderúrgica, e foi sepultado às 11h no cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Conselheiro Lafaiete, na região Central do Estado. A outra vítima fatal foi Cristiano Rodrigo Marcelino, de 35 anos, que trabalhava para a empresa Convaço, contratada pela Gerdau. O enterro dele está previsto para às 12h em Ipatinga, no Vale do Aço.
Além dos dois mortos, conforme o sindicato, pelo menos 10 trabalhadores ficaram feridos, sendo dois deles em estado grave. Eles sofreram queimaduras pelo corpo e lesões nas vias respiratórias causadas pela inalação de fumaça tóxica.
Quatro dos feridos foram transferidos para o Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, em Belo Horizonte. A assessoria da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) informou que eles são todos do sexo masculino, com 35, 38, 50 e 60 anos de idade. "Os pacientes deram entrada no hospital em estado grave, com queimaduras nas vias aéreas", informou.
Segundo informações conseguidas por O TEMPO com funcionários da unidade de saúde, os dois feridos mais velhos deram entrada ainda na tarde de terça, ambos em estado mais grave. Já na parte da noite, chegaram ao HPS os outros dois funcionários de 35 e 38 anos. As demais vítimas estão internadas no Hospital Fundação Ouro Branco.

A EXPLOSÃO

Segundo a nota divulgada pela Gerdau confirmando o acidente, a explosão aconteceu por volta das 11h na coqueria 2 da empresa. Na unidade Ouro Branco da empresa há pelo menos 3.000 funcionários.
De acordo com o sindicato, o fato de os funcionários não poderem circular dentro do local com celulares pode ter dificultado o pedido de ajuda. Um ex-funcionário da empresa procurou a reportagem para falar sobre a falta de segurança no local, o que motivou a sua saída. "Trabalhei por dois anos lá como soldador, mas saí porque sou pai de família e não estava sentindo segurança. É muito gás passando pelas coquerias, muito perigoso", relata.
Um acidente semelhante no mesmo local ocorrido em novembro do ano passado matou três funcionários. Neste caso, a explosão aconteceu durante a manutenção de uma torre de gás. Mãe e tia de duas vítimas, Celsina Prado, conta que ver o acidente desta terça-feira é como viver tudo o que aconteceu novamente no dia 14 de novembro do ano passado.
"Cada acidente parece que revivemos tudo novamente, estou muito triste até hoje, o tempo parou e choro todos os dias pelo meu filho Allan Roger e meu sobrinho Douglas Eduardo. É uma dor sem fim e sinto muito em saber que mais famílias estão sofrendo pela falta de segurança nesta área", lamenta.

Veja a nota enviada pela Gerdau na íntegra:

"A Gerdau confirma, com muito pesar, que ocorreu na manhã de hoje (15/08) um acidente com duas vítimas fatais na sua usina em Ouro Branco. A Empresa está prestando assistência às famílias das vítimas e trabalhando para detectar as causas do acidente. Mais informações serão disponibilizadas no decorrer do dia".
(do jornal “O Tempo”)

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