Policia

Vamos recorrer, diz advogado de policial acusado de homicídio

Comitê Rodrigo Neto

IPATINGA – A defesa do sargento da Polícia Militar Michel Luiz da Silva, acusado de matar um morador de rua em 2009 quer que seu cliente seja absolvido sumariamente de todas as acusações. O advogado Bruno Luiz de Souza recorreu da sentença de pronúncia e pretende com isso que o policial não seja julgado popularmente e o caso seja definitivamente arquivado.
O recurso impetrado em abril deste ano pela defesa já passou pelas mãos do Ministério Público que apresentou as contra-razões e manteve a denúncia a inicial. Há quatro meses o processo está à espera do parecer do juiz da 2ª Vara Criminal Antônio Augusto Calaes. Em outubro do ano passado, o MP ofereceu denúncia para que o policial seja levado a Júri Popular.
O crime pelo qual o sargento é acusado foi descoberto em 4 de abril de 2009, quando o cadáver de Célio Nunes Pereira foi encontrado em avançado estado de decomposição em uma plantação de eucaliptos em Santana do Paraíso, a 500 metros do quilômetro 229 da BR-381, localidade conhecida como Fazenda do Cajá. O corpo estava sem roupas.

INVESTIGAÇÕES
Por várias vezes o jornalista Rodrigo Neto chegou a cobrar posicionamento das autoridades policiais sobre a misteriosa morte do morador de rua. No entanto, somente depois da execução do jornalista é que o caso novamente veio à tona com as investigações do DHPP de Belo Horizonte.
Conforme ficou apurado pela polícia Célio e o PM tinham uma desavença. A rusga entre os dois teria surgido na ocasião em que o morador de rua jogou uma pedra contra o militar. Após este fato, Michel teria passado a perseguir Célio, com seguidas abordagens muitas delas de forma truculenta, segundo os relatos de testemunhas ouvidas no cartório policial.

ESPERANÇA
De acordo com o advogado de Michel, se o juiz mantiver a decisão de levar o PM a julgamento, por causa do recurso contra a sentença de pronúncia o processo sobe automaticamente para o Tribunal de Justiça e será analisado por uma turma julgadora.
“E mesmo que o TJ mantenha a decisão do juiz de Ipatinga o processo ainda cabe recurso no STJ e dependendo da fundamentação no STF. Vamos recorrer até onde puder”, disse o advogado.
O sargento Michel chegou a ficar três meses acautelado no 14° Batalhão da Polícia Militar, após ser preso em julho do ano passado. Em outubro de 2013, o Poder Judiciário mandou soltar o PM por meio de um alvará de soltura expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O documento obedece a uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que deferiu o pedido de liminar em habeas corpus em favor do militar.

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