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Usiminas renegocia com banco japonês

BH – A Usiminas informou nesta quinta-feira, por meio de Fato Relevante, que recebeu a dispensa definitiva da obrigatoriedade de realização da Oferta de Permuta de notas (bonds) por parte dos bancos japoneses e dos debenturistas. No último mês de junho, a Usiminas já havia recebido a mesma dispensa dos bancos brasileiros e do BNDES, que detêm cerca de 70% da dívida da companhia.

PRINCIPAL

Em contrapartida, a Usiminas fará um pagamento aos credores no valor de US$ 90 milhões – correspondente a 50% do saldo do principal em aberto das notas, de forma pro rata – a título de amortização parcial da dívida perante os referidos credores. A companhia também pagará aos credores um waiver fee, usual neste tipo de operação.
A dispensa definitiva altera uma das principais condicionantes dentro do processo de renegociação da dívida da empresa e permite que a Usiminas quite integralmente as notas com vencimento em janeiro de 2018, o que é considerado mais vantajoso pela companhia nas atuais condições de mercado. Anteriormente, a empresa havia assumido o compromisso de pagar 50% do valor das notas em janeiro de 2018 e renegociar os 50% restantes por meio da Oferta de Permuta.

CONDICIONANTES
Outras importantes condicionantes do processo de renegociação já foram cumpridas: o aporte de R$1 bilhão por parte dos acionistas e a liberação de R$700 milhões do caixa da Mineração Usiminas (MUSA). “A partir dessa aprovação, a Usiminas encerra um ciclo de renegociação de suas dívidas e ganha mais tranquilidade em seu planejamento, além de passar uma mensagem importante de confiança e solidez ao mercado”, analisa Ronald Seckelmann, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Usiminas.

NOVO MOMENTO

A conclusão desse processo reforça o novo momento vivido pela Companhia, após superar uma série de adversidades ao longo dos últimos anos. “Entramos em uma nova fase em que podemos nos concentrar em nossas atividades-fim, buscando construir o nosso planejamento futuro, com foco na sustentabilidade dos bons resultados”, afirma Sergio Leite, presidente da Usiminas.
No último balanço divulgado pela companhia, o EBITDA Ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 749,9 milhões entre abril e junho de 2017, o melhor resultado em 28 trimestres. “Queremos retomar a posição de protagonista no cenário siderúrgico brasileiro e da América Latina”, conclui o CEO da empresa.

CENÁRIO DE MERCADO

Paralelamente às negociações financeiras, a Usiminas segue com os investimentos na retomada de plantas paralisadas em razão das condições adversas. A siderúrgica já iniciou os trabalhos para o religamento do alto forno 1, em Ipatinga (MG), com previsão de conclusão em abril de 2018, e reiniciou a produção em três plantas da MUSA, em Itatiaiuçu (MG).

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