Resultado teve alta de 35% na comparação com os três meses anteriores; lucro líquido e vendas de aço também tiveram crescimento no período
IPATINGA – A Usiminas divulgou nesta quinta-feira (20) os resultados do 1º trimestre de 2023, que mostram um EBITDA Ajustado de R$ 783 milhões, 35,2% a mais do que o registrado no 4º trimestre de 2022 (R$ 579 milhões). Já a margem EBITDA Ajustado ficou em 10,8%, frente à margem de 7,6% dos últimos três meses do ano passado.
Com melhor desempenho operacional no 1T23, o lucro líquido foi de R$ 544 milhões, R$ 1,4 bilhão superior ao do trimestre anterior (- R$ 839 milhões).
CAIXA
Outro destaque nos três primeiros meses do ano foi o Caixa e o Equivalente de Caixa da companhia, que atingiu R$ 5,8 bilhões, representando 15,1% a mais que o registrado no 4T22 (R$ 5,1 bilhões). Esse número reflete a melhoria na geração de EBITDA, bem como a redução de capital de giro no período.
DÍVIDA
Com relação à dívida líquida, o trimestre encerrado em 31 de março de 2023 registrou uma queda de 74,9%, fechando em R$ 284 milhões, contra R$ 1,1 bilhão no trimestre anterior (31/12/2022). A variação deve-se, principalmente, ao aumento do caixa da Companhia e ao efeito da variação cambial. Ao final dos primeiros três meses de 2023, o perfil da dívida da empresa era de 3% no curto prazo e 97% no longo prazo, ante 2% e 98% do 4T22.
RESULTADOS RELEVANTES
“Mesmo com um cenário desafiador alcançamos resultados relevantes no primeiro trimestre do ano, ampliando o EBITDA da companhia. Outro ponto de destaque foi a forte geração de caixa, impulsionada pela estabilidade operacional no período e a redução de capital de giro. São fatos que se tornam ainda mais relevantes ao considerarmos o início, nos próximos dias, da reforma do Alto-Forno 3 da Usina de Ipatinga, nosso maior investimento nesta década e que garantirá a sustentabilidade operacional da unidade pelos próximos 15 a 20 anos”, avalia o presidente da Usiminas, Alberto Ono.
EBITDA positivo em todas as unidades de negócios
Na Siderurgia, o EBITDA Ajustado no 1T23 foi de R$ 438 milhões, 65,9% superior ao 4T22 (R$ 264 milhões). A margem EBITDA Ajustado ficou em 6,9% contra 4% no trimestre encerrado em dezembro. A produção de aço bruto na Usina de Ipatinga foi de 717 mil toneladas no primeiro trimestre, 10,3% superior ao registrado no trimestre anterior (650 mil toneladas). Já a produção de laminados nas usinas de Ipatinga e de Cubatão totalizou 971 mil toneladas, de janeiro a março, uma redução de 3,3% em relação ao período de outubro a dezembro de 2022 (1 milhão de toneladas).
Nos primeiros três meses deste ano, as vendas totais foram de 1 milhão de toneladas, 7,4% superior na comparação com o trimestre anterior (963 mil toneladas). O volume de aço comercializado foi de 90% para o Mercado Interno (934 mil toneladas, ante 872 mil do 4T22) e 10% foram destinados às exportações (101 mil toneladas, ante 92 mil do 4T22).
MINERAÇÃO
Já na Mineração Usiminas, o EBITDA ajustado alcançou R$ 254 milhões no 1T23, o que representa uma elevação de 48,2% em relação ao 4T22 (R$ 171 milhões). A margem EBITDA Ajustado foi de 32,4% nos três primeiros meses do ano, ante 21,1% no quarto trimestre de 2022.
O volume de produção de janeiro a março foi de 1,8 milhão de toneladas, uma redução de 21,4% quando comparado ao quarto trimestre de 2022 (2,3 milhões de toneladas). A diminuição se deu principalmente pelos maiores níveis de chuva que, tradicionalmente, são registradas no início do ano, além da manutenção preventiva realizadas nas plantas. As vendas foram de 1,9 milhão de toneladas no 1T23, inferiores em 21,5% na comparação com o 4T22 (2,4 milhões).
SOLUÇÕES USIMINAS
Na unidade de Transformação do Aço, a Soluções Usiminas totalizou EBITDA Ajustado, no primeiro trimestre, de R$ 65 milhões, 29,8% superior ao do trimestre anterior (R$ 50 milhões). A margem EBITDA Ajustado foi de 3,1% no 1T23, ante 2,3% do 4T22. A receita líquida trimestral foi de R$ 2,1 bilhões de janeiro a março, 3,2% a menor que a registrada de outubro a dezembro do ano passado (R$2,2 bilhões).
Reforma do AF-3 em números
A reforma do Alto Forno 3 da Usina de Ipatinga, além de ser um dos maiores investimentos da Usiminas na última década, vai garantir a competitividade da Companhia e, também, melhorias nas questões relacionadas ao Meio Ambiente. Planejada há quatro anos e com um investimento de R$ 2,7 bilhões, as intervenções já estão em andamento e a parada do equipamento prevista para os próximos dias.
EMPREGOS
Para se ter uma ideia da magnitude das intervenções, de setembro do ano passado a abril deste ano, já foram efetivadas cerca de 6 mil contratações pelas empresas Usiminas e empresas terceiras. O pico da obra será no próximo mês de junho, com a geração de cerca de 9 mil postos de trabalho temporários, somando as intervenções no Alto-Forno 3 e na Aciaria 2. A maior parte desse efetivo está sendo contratado pela Usiminas Mecânica, que possui sólida experiência com projetos desse gênero. Vale ressaltar que 7 em cada 10 empregados contratados até o momento são do Vale do Aço.
FOMENTO
Diversos setores da economia regional estão sendo fomentados em função do aumento do consumo no comércio, da contratação de empresas regionais para prestação de serviços, entre outros. Até agora, já foram investidos R$ 540 milhões em compras de materiais nos municípios próximos à Usina de Ipatinga e mais de R$ 100 milhões já foram destinados aos serviços de apoio às obras na região. Além disso, haverá um incremento na geração de impostos estaduais e municipais. A previsão é que sejam gerados, em 2023, cerca de R$ 600 milhões em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), um acréscimo da ordem de 10% em relação a 2022, quando foram arrecadados cerca de R$ 440 milhões.
Em dias com a Agenda ESG
A Usiminas mostra o comprometimento com a sua Agenda ESG ao apresentar o novo ciclo de metas para o ano de 2023. São ações e iniciativas ligadas aos temas ambiental, social e de governança e que reforçam a nossa transparência e o compromisso com as comunidades onde estamos presentes.
Entre as novas metas, destaque para o avanço no número de mulheres em cargos de liderança; a adesão da Mineração Usiminas ao Programa Brasileiro GHG Protocol e a realização, na Soluções Usiminas, do inventário GEE, que quantifica as emissões diretas e indiretas dos gases provenientes do processo produtivo.
Outras ações estão vinculadas ao Programa Caminhos do Vale, de doação a municípios de agregado siderúrgico para recuperação de vias; e o fortalecimento do relacionamento junto aos fornecedores estratégicos, com foco na sustentabilidade em toda a cadeia.
Vale mencionar ainda o Programa Diversidade e Inclusão da Companhia. Em fevereiro, a Usina de Ipatinga deu início a uma turma de 10 maquinistas composta exclusivamente por mulheres – as primeiras a desenvolverem a função na unidade.
“Temos dado passos importantes no avanço de uma sólida agenda ESG na Usiminas. A companhia está empreendendo uma jornada sem linha de chegada, com metas claras e objetivas e em diferentes frentes relacionadas aos desafios ambientais, sociais e de governança”, finaliza o presidente da Usiminas, Alberto Ono.