O desempenho foi obtido com menores custos e redução de despesas na unidade de Siderurgia
IPATINGA – A Usiminas teve crescimento de 6% no EBITDA no terceiro trimestre de 2025, chegando a R$ 434 milhões. O desempenho foi obtido com menores custos e redução de despesas na unidade de Siderurgia, junto com os maiores volumes e preços de vendas na unidade de Mineração. Por lançamentos contábeis de R$ 3,6 bilhões, que não têm impacto no caixa, a empresa registrou um prejuízo de R$ 3,5 bilhões entre julho e setembro. Sem o efeito contábil, o lucro líquido teria sido de R$108 milhões.
RESULTADO POSITIVO
Importante destacar que a Usiminas encerrou o trimestre com um Fluxo de Caixa Operacional Líquido positivo de R$ 878 milhões, consequência principalmente da redução de R$ 586 milhões no Capital de Giro. Com isso, a empresa reduziu em 68,7% a dívida líquida no terceiro trimestre, atingindo um patamar de R$327 milhões. Hoje, o indicador dívida líquida/EBITDA encerrou 0,16x, o menor valor desde o final de 2023. Confirmando compromisso com a disciplina financeira, a companhia conclui a recompra de US$ 206 milhões dos bonds com vencimento em 2026 e R$160 milhões da 9° emissão de debentures.
OPERACIONAL
A receita líquida no 3T25 alcançou R$6,6 bilhões, em linha com a reportada no 2T25 (R$6,6 bilhões), com maiores receitas na Unidade de Mineração, sendo compensadas pelas menores receitas na Unidade de Siderurgia.
MINERAÇÃO
Na Unidade de Mineração, a evolução da receita líquida foi resultado do aumento de 1,8% nos volumes de venda e de 2,5% na receita líquida/t, reflexo do aumento de 4,3% do preço de referência de minério de ferro no período e menores descontos aplicados sobre os produtos vendidos, parcialmente compensado pela desvalorização de 3,8% do dólar frente ao real no trimestre.
SIDERURGIA
Na Siderurgia, a queda foi impulsionada por uma redução de 3,5% na receita líquida/t, parcialmente compensado por um aumento de 2,3% nos volumes de vendas.
CONCORRÊNCIA CHINESA
Apesar do crescimento no volume de vendas em relação ao trimestre anterior, a Usiminas olha com atenção e cautela o cenário atual devido ao excessivo volume de importações, principalmente da China, em condições de competição desleal, observando-se um crescimento de 33,1% no volume importado de aços planos nos nove primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Assim como o setor siderúrgico brasileiro, outras indústrias também são impactadas pelos altos níveis de importações.
ANFAVEA E ABIMAQ
Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram emplacamento de veículos leves importados nos primeiros nove meses de 2025 crescendo 10,8% na comparação com o mesmo período de 2024, enquanto o emplacamento de veículos nacionais leves cresceu apenas 1,6%. Dados de outubro da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostram uma alta acumulada anual de 9,1% nas importações de máquinas e equipamentos, com o déficit da balança comercial do setor já somando US$ 12,9 bilhões em 2025.
DESLEALDADE
Perante todas as evidências de um cenário de competição desleal, demonstrada inclusive nas investigações preliminares de antidumping conduzidas pelo governo brasileiro, e todo o dano já causado à indústria e ao emprego nacional, a Usiminas segue confiante que as autoridades responsáveis aplicarão uma medida efetiva para corrigir essas distorções e proporcionar um cenário de isonomia competitiva e que contenha o dano causado pelos produtos subsidiados. As medidas tomadas em mercados como Estados Unidos



