sexta-feira, outubro 18, 2024
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Tudo bom: Bons livros, bons filmes, bons vinhos

Essa é a receita para se fazer um bom escritor? Existe algum meio de se fazer grandes escritores? Existe alguma fórmula?

Independentemente de qual seja a fórmula, é notório que um grande escritor deve ter boas influências. O arcabouço cultural adquirido por ele deve ser o combustível que movimenta todo o seu trabalho literário, é aquilo que sustenta toda a sua fonte de inspiração. Esse arcabouço vem de todos os livros que ele já leu, de todos os filmes que ele já assistiu, de todas as histórias pessoais que ele já vivenciou e ouviu. Desta forma, um bom escritor pode ser visto como grande maestro que orquestra todas estas influências para compor sua obra. Ele tira de todas as fontes das quais ele tem acesso as bases para criar suas histórias e basear seus princípios e ideias. Muito dificilmente alguém se tornará um grande escritor sem esse arcabouço e bagagem cultural e intelectual.

Me agrada e me alegra ver a quantidade de autores e novos autores em nosso país na atualidade, além do mais, também pode ser percebido que a arte da escrita também tem começado cada vez mais cedo. A capacidade e maestria na escrita não está diretamente condicionada à idade do escritor – basta nos lembrarmos de Anne Frank, mas, sim, na capacidade que tem de assimilar, de interiorizar e de decodificar tais símbolos esculturais, utilizando essa influência externa na composição de sua obra.

Diante de tudo isso, M.P. Garnet se mostra como um exímio escritor, que soube absorver e canalizar toda a influência cultural e intelectual por ele recebida, de maneira a se tornar, ele mesmo, uma influência cultural e intelectual para aqueles que tiveram o prazer e a alegria de conhecer sua obra.

A obra de M.P. Garnet é extremamente rica em detalhes, e é fácil de perceber que o autor soube mesclar com maestria todas as suas influências à sua fantástica imaginação e intelecto.

Roteirista e amante de filmes, em cada parágrafo de sua obra, em cada um de seus livros e contos, Marcelo Piropo Garnet mostra seu diferencial e sua capacidade imaginativa, sempre nos apresentando mundos e personagens complexos como parte de uma trama fantástica e impecável.

Amante da obra de Conan Doyle e suas histórias de Sherlock Holmes, Garnet também mostra a influência desse mestre das histórias policiais em suas próprias histórias.

Garnet é versátil, circula com maestria entre diferentes estilos e mundos literários, seja falando de mundos completamente futurísticos, seja com fantasias, ou histórias com seres da mitologia cult, como os mitos de Cthulhu, onde se mostra a clara influência de H.P Lovecraft.

Não importa o estilo, a escrita de M.P. Garnet é contagiante, envolvente, e completamente imersiva, nos arrebatando para dentro das histórias criadas por esse magnífico autor.

Tamanha genialidade, e façanhas alcançadas por esse autor, se chocam e contrastam diretamente com sua personalidade. Retraído e simples, a personalidade humilde de M.P. Garnet passa longe da personalidade arrogante e orgulhosa de inúmeros outros autores que ainda não alcançaram nem um décimo da obra ou de sua genialidade.

Se realmente existe algum meio ou alguma fórmula para se criar ou dar origem a grandes escritores, acredito que tal meio e fórmula podem estar diretamente ligados a todas as coisas que M.P. tem feito, já que as mesmas deram origem a um gigante da literatura nacional.

(*) Wanderson R. Monteiro é autor do livro “Cosmovisão Em Crise: A Importância do Conhecimento Teológico e Filosófico Para o Líder Cristão na Pós-Modernidade”.

Vencedor de quatro prêmios literários. Coautor de 15 livros e quatro revistas.

(São Sebastião do Anta – MG)

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