Foto: Em grande parte das escolas estaduais os protocolos mínimos, como o distanciamento de 1 metro não está sendo respeitado
IPATINGA – O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação emitiu nesta segunda-feira (16) uma nota sobre a decisão do Tribunal de Justiça de acatar os argumentos do governo do Estado e determinar o retorno imediato às aulas na rede estadual. A nota diz que durante a reunião de conciliação prevista para a amanhã vai “apresentar todos os argumentos que demonstram a legitimidade e o cumprimento dos requisitos legais da greve sanitária deflagrada pela categoria, que tem o intuito de preservar a saúde e a vida dos trabalhadores”.
O documento diz ainda que o governo estadual busca deslegitimar o movimento grevista, o que caracteriza uma atitude autoritária na medida em que “demonstra aversão ao diálogo” e se apega a questões meramente formais.
A íntegra da nota do SindUTE, Subsede de Ipatinga é a seguinte:
O Sind-UTE/MG, recebeu na sexta-feira (13), a intimação do Tribunal de Justiça sobre a liminar concedida determinando a suspensão imediata da greve sanitária da rede estadual de ensino, a partir de uma ação judicial movida pelo governo do Estado de Minas.
Foi agendada audiência de conciliação para esta terça-feira (17) e, no momento oportuno a entidade apresentará todos os argumentos que demonstram a legitimidade e o cumprimento dos requisitos legais da greve sanitária deflagrada pela categoria, que tem o intuito de preservar a saúde e a vida dos trabalhadores.
O SindUTE, subsede de Ipatinga, reitera que em grande parte das escolas estaduais sequer os protocolos mínimos estão sendo adotados, como o distanciamento de 1 metro entre um estudante e outro. Por outro lado, defende que a vacina para todos e todas as pessoas envolvidas na comunidade escolar é fundamental para a retomadas das aulas presenciais com segurança.
O Sind-UTE/MG considera ainda que a trata-se de mais uma postura autoritária do Governo do Estado, buscando desqualificar a legitimidade da greve sanitária.
Além de demonstrar sua aversão ao diálogo, a ação judicial revela de forma inequívoca que a prioridade do Governo Estadual não é a vida. Apegando-se exclusivamente a questões formais, que pouco importam quando se trata de defender a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras em Educação, dos estudantes e da comunidade, o Estado sustenta que cumpre os protocolos de segurança, o que está longe da realidade vivenciada pelos profissionais da educação, aos quais não é dado se apegar a papéis, decretos e normativas que não se traduzem em segurança no ambiente escolar.
O Sind-UTE/MG continuará lutando, inclusive judicialmente, para que a vida e saúde de todos e todas seja a prioridade, sempre e em qualquer situação.