sexta-feira, novembro 8, 2024
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TCE fiscaliza instituições de saúde em Minas

BH – Auditores do Tribunal de Contas de Minas Gerais estão percorrendo diversas instituições hospitalares e de saúde pública na capital e interior do Estado para verificar as condições de atendimento à população.

Durante as fiscalizações, os auditores do TCEMG estão encontrando diversas irregularidades, como falta dos médicos designados em escala, pacientes em corredores, incubadoras estragadas, inexistência de controle da frequência de médicos, remédios vencidos, falhas nos armazenamentos de medicamentos e estruturas danificadas, como entulhos, mofos nas paredes e resíduos descartados irregularmente.

No Hospital Regional Dr. José Américo, em Barbacena, na região do Campo das Vertentes, foram achados equipamentos aguardando manutenção desde 2021 e medicamentos armazenados de forma incorreta. Os analistas do TCE também encontraram 3 aparelhos de Raio X móveis e um fixo sem funcionamento. Algo não muito diferente acontece na UPA de Passos, no sudoeste de Minas, que o aparelho de Raio X está sem operação, pois está esperando a instalação desde 8 de janeiro do ano passado.

VALE DO RIO DOCE

Subindo no mapa de Minas Gerais, no Vale do Rio Doce, em Governador Valadares, a dupla de servidores que fiscalizou a UPA 24 horas Vila Isa constatou medicamentos guardados de maneira errada e fora do prazo de validade, assim como no Hospital Santa Casa de Montes Claros, a quase 500 quilômetros dali. Já no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Pará de Minas, o armário de armazenamento de remédios controlados sequer é trancado.

No mesmo hospital em Pará de Minas, há três máquinas de autoclave, usadas para esterilizar materiais: uma em desuso, outra aguardando reparo e a última está com validade de calibração vencida.

MACAS

Macas posicionados em corredores para atendimentos de pacientes não é algo incomum. Só nas visitas feitas no fim da tarde e noite de ontem, nas unidades de Valadares; Passos; no Hospital Arnaldo Gavazza, em Ponte Nova; na UAI Morumbi de Uberlândia; e na Unidade de Pronto Atendimento José Belchior, em Campo Belo foram encontrados doentes recebendo assistência em corredores de passagem.

CONTROLE DE FREQUÊNCIA

Outro apontamento constante é a fragilidade no controle de frequência da equipe médica, como em Cruzília, no Hospital Dr. Cândido Junqueira. No Hospital Antônio Moreira da Costa, em Santa Rita do Sapucaí; na UPA Dom Oreone, de Ouro Preto; e no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Pará de Minas, foram observadas marcações de pontos com registro antecipado.

O trabalho dos auditores do TCEMG continuou nesta quinta-feira em diversas outras cidades mineiras.

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