sábado, novembro 8, 2025
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Sucesso marca webinário sobre “Carta do Rio Doce”

IPATINGA – Rede Colaborativa de Desenvolvimento Ambiental, Econômico e Sociocultural do Rio Doce promoveu no do dia 7 de novembro de 2025, um Webinário que reuniu especialistas, lideranças regionais e representantes de movimentos sociais em torno de um tema urgente: os impactos socioambientais e as perspectivas de recuperação do Rio Doce. O evento foi considerado um sucesso, apesar de dificuldades técnicas iniciais provocadas por uma invasão hacker, que obrigou a troca do link de acesso.

PARTICIPAÇÃO E CONTEÚDO

Transmitido on-line, o encontro contou com a participação direta, de Brasília, da professora doutora Vivian dos Santos, docente da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal de Goiás (UFG). A pesquisadora apresentou resultados de estudos realizados pelo Grupo Independente para Avaliação do Impacto Ambiental (GIAIA) — formado por cientistas voluntários de instituições como USP, UFSCar, UnB e outras universidades — que iniciaram suas análises 30 dias após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (2015). Os dados apresentados pela professora Vivian reforçam a gravidade da contaminação provocada pela lama de rejeitos, comprovando a presença de ferro, manganês e outros metais não apenas no leito do Rio Doce, mas também no lençol freático das áreas atingidas, com consequências de longo prazo para o meio ambiente e para as comunidades ribeirinhas.

REPRESENTATIVIDADE

A condução do evento ficou a cargo da agrônoma e assessora social Bruna Morais, integrante da Coordenação da Rede Rio Doce, que organizou toda a programação e mediou as participações. Estiveram presentes membros de empresas e instituições como Antônio Nahas da NMC Consultoria, Everardo Lopes do Movimento Ecoenvelhescência do Distrito Federal, além de importantes lideranças regionais, entre elas a vereadora Cida Lima, o ex-prefeito Zizinho Duarte, representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), membros das Assessoria Técnica Independente (ATI) — como Cáritas e AEDAS —, além de ativistas, pesquisadores e cidadãos comprometidos com a causa ambiental do Vale do Rio Doce. Embora a invasão hacker tenha impedido a entrada de parte dos inscritos, a coordenação avaliou o encontro como muito produtivo e de grande relevância formativa, destacando o fortalecimento do debate público e o engajamento social em torno da recuperação do rio.

CARTA DOS RIO DOCE E MOBILIZAÇÃO

Durante o webinário, foi apresentada e discutida a Carta do Rio Doce, documento elaborado a partir das diretrizes aprovadas no II Encontro da Rede, realizado no Parque Estadual do Rio Doce, em agosto deste ano. O texto expressa as demandas e compromissos das entidades, universidades e movimentos sociais para a recuperação ambiental, social e econômica da bacia. A Carta está aberta à adesão de novas instituições e cidadãos, e pode ser assinada pelo formulário disponível em: https://forms.gle/nZHVNZyvi1LCAX5TA.

O documento já ganhou destaque político: foi lido na Assembleia Legislativa de Minas Gerais pelo deputado Leleco Pimentel e, segundo a coordenação da Rede, será disseminado junto à autoridades e lideranças na COP30, nos eventos oficiais e nos paralelos, como a Cúpula dos Povos que reúne milhares de representantes dos movimentos sociais do mundo inteiro. Também será encaminhada aos Ministros de Estado, aos membros do Conselho Federal da Bacia do Rio Doce, além de deputados federais e estaduais, Governo do Estado de Minas Gerais, prefeitos, vereadores e lideranças de movimentos sociais da região.

PRÓXIMOS PASSOS

A Coordenação da Rede Rio Doce agradeceu a todos os que participaram do webinário, expressou solidariedade aos que não conseguiram acessar o novo link devido ao incidente técnico e reafirmou o convite àqueles que desejam assinar e divulgar a Carta do Rio Doce. O grupo também agradeceu à imprensa regional, especialmente ao Jornal Diário Popular, pela cobertura e pela repercussão positiva da iniciativa, que simboliza uma nova etapa de união e mobilização em defesa do Rio Doce, patrimônio natural e cultural de Minas Gerais e do Brasil.

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