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STF suspende votação sobre prisão em 2ª instância com 4 votos a favor

BRASÍLIA – O Supremo Tribunal Federal (STF) interrompeu nesta quinta-feira o julgamento da constitucionalidade da prisão de condenados em segunda instância. O placar até o momento está em 4 a 3 a favor da possibilidade de encarceramento antes que sejam esgotados os recursos nos tribunais superiores. O julgamento foi suspenso e deverá ser retomado em duas semanas. O presidente da Corte, Dias Toffoli, afirmou que vai anunciar na próxima segunda-feira (28) se o julgamento será retomado no dia 6 ou no dia 7 de novembro.

VOTOS DO DIA

Hoje, a ministra Rosa Weber foi a primeira a se manifestar e se colocou contra as prisões após a condenação em segunda instância. Em seguida, o ministro Luiz Fux votou favoravelmente às prisões, e o ministro Ricardo Lewandowski, contra. Ainda faltam os votos de outros quatro ministros. Até o momento, apenas Marco Aurélio, Rosa Weber e Lewandowski votaram contra a prisão nessa etapa do processo. Outros três ministros, que ainda não votaram, têm manifestado posição contra a execução da pena: Gilmar Mendes, Celso de Mello e Dias Toffoli. Se eles mantiverem os votos neste julgamento, o STF deverá mudar a regra atual.

MINERVA

Nesse cenário, ganha importância o voto do presidente da corte, Dias Toffoli, que tem defendido uma espécie de regra intermediária para que as prisões sejam determinadas depois de analisados os recursos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Se o voto de Toffoli for nesse sentido, ministros a favor da segunda instância podem migrar para essa posição com o objetivo de impedir que a prisão só aconteça após a análise de todos os recursos dos réus, o que em tese pode adiar a aplicação da pena até o julgamento do caso pelo próprio Supremo.

A fixação do julgamento pelo STJ para o início da prisão pode evitar que a decisão do Supremo beneficie o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já teve o recurso principal contra sua condenação negado pelo STJ.

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