Sindicato critica medida que impacta famílias de trabalhadores e a educação, enquanto prefeito se diverte na Disney
IPATINGA – A Prefeitura Municipal está promovendo a demissão em massa de professores contratados. A denúncia é do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Subsede Ipatinga. Conforme o Sindicato, não há um número definitivo das demissões porque as comunicações via telegrama ainda estão em curso, mas já se pode afirmar que não são casos isolados e que atingem várias escolas.
A diretora da Subsede, Cintia Rodrigues, disse que as demissões ocorrem num momento de falta de profissionais em diversos cargos nas escolas do município – conforme se discutiu em recente Audiência Pública na Câmara Municipal – e que o governo não apresentou nenhuma justificativa formal para as demissões.
DEFASAGEM
Em levantamento realizado no mês de maio, a Subsede do Sind-UTE identificou um quadro de defasagem de de 114 assistentes de educação, 36 professores e 30 auxiliares de serviços gerais (limpeza/cozinha). Mas, a Subsede reconhece que pode haver subnotificação e o número ser ainda maior. Conforme dados do Sindicato, atualmente a Prefeitura conta com 1.949 servidores contratados na rede municipal e 1.624 efetivos (concursados).
IMPACTOS
Cíntia Rodrigue disse que as demissões são injustas, impactam as famílias dos demitidos e a própria escola.
“É uma situação que prejudica inúmeras famílias, cujos contratos são interrompidos inesperadamente e de forma abrupta, além de deteriorar a qualidade do ensino, acarretando sobrecarga de trabalho e prejuízo ao processo de aprendizagem dos estudantes”, diz Cíntia, alertando que são graves as consequências das demissões, já que afetam professores e auxiliares.
DESCASO
“Além de não cumprir suas obrigações legais, como o pagamento do Piso Salarial Nacional, o governo municipal promove estas demissões em massa, deixando várias famílias no desamparo, em situação de penúria, enquanto o prefeito se diverte na Disney”, criticou.
As demissões de professores ocorrem sem que haja qualquer processo de concurso público em andamento para suprir as vagas. Também não há, segundo Cíntia Rodrigues, qualquer determinação do Ministério Público neste sentido.