Cidades

Simões relembra iniciativas em prol da reabertura do Siderúrgica

Para Simões, audiência na Justiça deixou claro que responsabilidade pelo funcionamento do Hospital é do Estado

 

FABRICIANO – Desde o fechamento do Hospital Siderúrgica, em julho do ano passado, o governo municipal vem reunindo esforços para agilizar a reabertura da unidade hospitalar. “No decorrer desse tempo, foi deliberada a responsabilidade de cada um. E ficou claro que a obrigação de manter o Hospital Siderúrgica funcionando é do Estado e da União. E que o município não tinha obrigação de repassar recursos ao hospital”, relembrou o prefeito Chico Simões (PT).
Ao longo desses meses, Chico Simões realizou uma série de iniciativas em prol do hospital: “Eu também acionei o Ministério Público e coloquei até o município como réu na ação para que o papel de cada parte fosse especificado. E no primeiro acordo que foi feito disseram que deveríamos continuar repassando verba ao hospital até dezembro do último ano, e tudo isso foi feito”, disse Simões, relembrando o que foi determinado em audiência de conciliação na Justiça Federal, com a participação da União, do Estado e do Município.
O prefeito esteve na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no mês de abril, e entregou ao presidente Dinis Pinheiro uma denúncia sobre a falta de iniciativa do Estado em providenciar a reabertura do Hospital Siderúrgica. Em outra ocasião, ele também se encontrou com o governador do Estado, Antonio Anastasia, para tratar do assunto. “É bom ressaltar que todas as vezes que estive em conversa com o secretário estadual de Saúde Antonio Jorge ou com o governador Antonio Anastasia a conversa foi sempre séria. Muitos dos atrasos por parte do Estado ocorreram por causa desses políticos locais. Esses deputados querem assumir a paternidade do Siderúrgica, sendo que o hospital não é filho deles nem de proveta”, ironizou o prefeito.

VERBA
Ainda neste mês, Simões realizou a “doação” de R$ 300 mil para a reabertura do hospital. A verba foi direcionada ao município pelo deputado Celinho do Sinttrocel, por meio de emenda parlamentar.
“Esse dinheiro eu doei, ao contrário do que o Estado está fazendo, que está colocando dinheiro no hospital porque foi obrigado pela justiça. Cumprir sentença não é fazer favor nenhum, e sim fazer na marra. Nós abrimos mão de um recurso para repassar ao Siderúrgica”, afirmou Chico.
Durante todo o governo do prefeito, foram repassados anualmente R$ 1,4 milhão ao Hospital Siderúrgica. “Mesmo sem ter obrigação, sempre repassei verba ao hospital e isso em todo o meu governo. Até agora já foram destinados cerca de R$ 11 milhões. Mas ficou claro que eu não tinha nenhuma obrigação”, ressaltou o prefeito.
Desde o início deste ano, o governo municipal não repassa os recursos ao hospital, assim o dinheiro pode ser utilizado para melhorar a atenção básica no município. “Não repassamos mais verbas ao Siderúrgica e o último valor que oferecemos foi por meio de doação. Sendo assim, eu pude ampliar a atenção básica do município. Hoje estamos com 15 equipes a mais de saúde da família”, contou Chico Simões.

 

Conselho diz que acompanhará obra
Fabriciano
– O Conselho Municipal de Saúde de Coronel Fabriciano, representado pela presidente Marina Ferreira Bicalho, esteve presente à reunião e garantiu que irá acompanhar a execução das obras no hospital. E, de acordo com a representante, o órgão não foi convocado para o encontro de ontem (23). “O Conselho tem uma pessoa competente para acompanhar a execução dessas obras. E ao contrário do que o superintendente (Anchieta Poggiali) falou, eu não fui convidada para estar aqui. Foi o secretário de saúde de Fabriciano, Rubens Castro, que me avisou dessa reunião”, contou Marina.
Ainda de acordo com ela, uma secretária de Anchieta Poggiali, superintendente Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, a telefonou perguntando se ela iria comparecer ao encontro. “Depois que eu havia ficado sabendo é que a secretária do Poggiali me ligou, porque ela sabia que eu tinha sido avisada. Eu fui dormir já eram duas horas da manhã porque tive que ligar e avisar às outras pessoas do Conselho. Eu fiquei sabendo desse encontro às 18 horas”, disse.

Atendimento
Marina revelou ainda que com o fechamento do hospital já precisou deslocar-se algumas vezes para cidades vizinhas em busca de atendimento médico. “Cadê a população de Fabriciano para reclamar os direitos? Porque esse hospital é o cartão postal da cidade. E o único que atende pelo SUS e as pessoas do município estão morrendo porque chegam a um lugar e não têm o dinheiro para pagar a consulta e por isso não podem ser atendidas. Ou ainda vão para outro lugar onde não querem nos atender porque somos de fora da cidade”, afirmou Marina.
O aposentado Edil Araújo Borges, 73 anos, também passou pela mesma situação e espera que o hospital seja aberto na data prevista pelo Estado. “O hospital é essencial para a saúde, porque na hora de uma emergência ter um hospital em Fabriciano é primordial. Para não termos que sair correndo lá para Timóteo ou para Ipatinga”, concluiu Edil.


O aposentado Edil Araújo Borges, 73 anos, espera
que o hospital seja aberto na data prevista pelo Estado

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