Cidades

Simões defende reabertura imediata do Siderúrgica

O prefeito Chico Simões defende que a abertura do Siderúrgica seja feita integralmente

 CORONEL FABRICIANO – Segundo informações do prefeito de Coronel Fabriciano, Chico Simões (PT), o valor referente à desapropriação do Hospital Siderúrgica, R$ 10.290.000,00, foi depositado em juízo no último dia (10). Simões acredita que a efetivação do depósito reduz o prazo para reabertura do hospital. “O dinheiro já foi depositado ontem (anteontem – 10). E o valor vai ser utilizado para pagar funcionários e saldar o restante das dívidas. Sendo assim, o Siderúrgica deve ser reaberto o quanto antes, se possível imediatamente”, afirmou Chico Simões.
Ainda de acordo com o prefeito fabricianense, o hospital já é considerado um órgão público estadual. “O hospital agora pertence ao Estado e eles têm que agilizar a situação porque o hospital não pode mais ficar fechado. O estado deixou de cumprir muitas vezes o seu papel, mas agora tem que assumir a reabertura do Hospital Siderúrgica”, disse o prefeito.

ABERTURA
O hospital está fechado há sete meses e desde então datas foram marcadas para que fosse reaberto, mas nenhum prazo foi cumprido. “Diante da sentença dada pelo juiz, eu tenho algumas colocações a fazer. Primeiro, que a conduta do município foi correta e tiveram muitas interpretações erradas referentes à administração. O que percebemos é que o Estado não realizou a sua função corretamente. Se nenhuma mantenedora vai assumir o hospital, o Estado tem que assumir e a Gerência Regional de Saúde (GRS) pode ser a responsável pelo funcionamento do hospital, o que não pode é continuar fechado”, declarou o prefeito de Coronel Fabriciano.
Chico Simões disse ainda que desde 2005 o atendimento no Hospital Siderúrgico é precário e por isso a sua reabertura deve ser feita integralmente para que a população não seja mais prejudicada. “O sofrimento valeu a pena e agora estamos perto de finalizar essa história. Mas não podemos aceitar que o hospital seja reaberto aos poucos, pois o povo precisa do Siderúrgica em pleno funcionamento. Tem que ser aberto logo e todos os setores precisam estar funcionando. Eu sou médico e sei que o hospital tem plenas condições de operar com todo o funcionamento”, argumentou Chico.
O prefeito de Fabriciano afirmou que o hospital precisa de uma reforma, mas que o funcionamento não precisa ser comprometido. “Sei que o hospital vai precisar passar por uma reforma para que melhorem algumas coisas, mas isso não interfere no funcionamento. Não dá para abrir um hospital aos poucos até porque temos o fundamental para garantir o bom funcionamento. Na próxima sexta-feira (13), temos uma outra audiência para discutir a reabertura do hospital. Aí vou deixar claro que não concordo com a abertura parcial do Siderúrgica”, posicionou-se o prefeito, acrescentando que, se necessário, irá fazer um pedido à Justiça requerendo a abertura imediata da unidade.

Hospital deve receber investimentos

Fabriciano – O Estado irá custear uma reforma de aproximadamente R$ 2 milhões nas instalações do Hospital Siderúrgica e ainda estão assegurados R$ 125 mil, além de R$ 250 mil, que serão fornecidos pela União. A cidade de Coronel Fabriciano também vai continuar investindo no hospital. “O investimento que seria destinado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Fabriciano vai ser doado integralmente para o hospital. Esses R$ 2 milhões vão ser usados no hospital, porque não justifica termos a UPA e o Siderúrgica funcionando. O município está abrindo mão desse valor para investir no hospital que irá beneficiar toda a população”, explicou o prefeito Chico Simões.
Chico Simões assegurou ainda que o município vai solicitar que parte dos recursos do Programa Estadual de Fortalecimento e Melhoria da Qualidade dos Hospitais do SUS/MG (Pro-Hops) retorne a Fabriciano. “Desde que o Siderúrgica fechou, os recursos do Pro-Hops estão indo para Timóteo. Agora que o hospital vai voltar a funcionar vou solicitar que o recurso seja dividido em partes iguais para as duas cidades, ou até mesmo que Fabriciano receba a maior parte”, garantiu Chico.

SUS
O hospital Siderúrgica é equipado com dez leitos de UTI destinados a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Chico Simões defende que o hospital atenda exclusivamente pacientes do SUS. “Assim como temos entidades particulares, o Siderúrgica é um hospital público e deve priorizar o atendimento a pacientes do SUS. E para isso as condições serão melhoradas, pois as pessoas têm que parar de ter a ideia que o que é para o pobre tem que ser mal feito”, declarou.

GRS diz desconhecer  depósito

Fabriciano – O diretor da Gerência Regional de Saúde, Anchieta Poggiali, afirmou à reportagem que a verba referente à desapropriação do Siderúrgica ainda não está liberada. Segundo ele, o processo ainda está em andamento e está sendo analisado pela Advocacia do Estado. “Não estou sabendo da liberação desse dinheiro, pode ser que nas próximas horas ou nos próximos dias esse processo se conclua. Mas ainda não tenho conhecimento de nenhuma liberação e, enquanto isso, o processo ainda está em andamento. Esse procedimento deve ser cauteloso”, declarou Poggiali.
Questionado sobre a possibilidade da Gerência Regional de Saúde assumir o funcionamento do Hospital Siderúrgica, Anchieta Poggiali foi categórico e disse que a GRS não tem condições de administrar o hospital. “Não temos a menor condição de assumir o hospital. A GRS não tem médicos e profissionais para isso e nem gestão hospitalar. Colocar um hospital para funcionar não é brincadeira e o Estado tem feito de tudo para reabri-lo, mas o que ocorre é que o processo de desapropriação ainda não está concluído”, afirmou o diretor da GRS.
Poggiali disse ainda que a previsão para que o Siderúrgica volte a funcionar é de cerca de 30 a 40 dias. “O hospital está fechado há sete meses e precisa de muitas reformas. Depois que o estado tiver a posse do imóvel confirmada temos que registrar o imóvel e fazer o contrato de cessão para a mantenedora que vai assumir. Sexta-feira (13), durante a audiência, vamos confirmar a São Camilo como mantenedora do Siderúrgica. E sendo assim serão feitas as contratações necessárias e a mantenedora estará liberada para realizar todas as reformas necessárias e contratar funcionários”, concluiu Anchieta Poggiali.

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