Fotos: Carlos Lima
FABRICIANO – Os vereadores de Coronel Fabriciano aprovaram na tarde desta terça-feira (24), em Reunião Extraordinária na Câmara Municipal (CMCF), a Prestação de Contas do Executivo Municipal referente ao ano de 2003, quando o prefeito da cidade era Paulo Almir Antunes.
Antes da aprovação, os parlamentares fabricianenses votaram pela rejeição do Parecer Contrário emitido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Sem guardar rancor e mesmo tendo feito oposição às gestões do ex-prefeito Paulo Antunes, vim aqui marcar minha posição de coerência. Uma conta igual a esta, referente ao exercício de 2000, quando Chico Simões era o nosso gestor municipal, após uma articulação feita pela oposição na cidade, acabou sendo rejeitada, tendo mantido o parecer do TCE. Ou seja, o mesmo item das contas do Chico agora é citado pelo Tribunal nas contas do Paulo Antunes. Item este que diz respeito ao não cumprimento dos 25% de gastos aplicados na Educação. Naquele momento, fui pela derrubada do Parecer do Tribunal e pela aprovação das Contas. Agora, repeti a minha posição, mantendo a minha coerência, a minha responsabilidade”, justificou o vereador Marcos da Luz.
DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
O ex-prefeito Chico Simões também lembrou do episódio e disse que na época chegou a ser chamado de bandido pelos vereadores que faziam oposição seu governo. “É interessante ver como se usam dois pesos e duas medidas para o mesmo caso. O conceito de bandido mudou ou os vereadores que me acusaram viraram bandidos”, devolveu Simões, reforçando que tanto num caso como no outro o problema não passa de um erro material, de contabilidade. “Em nenhum dos casos tem-se atitude premeditada, dolosa”, sustenta da Luz.
TÉCNICA CONTÁBIL
O parlamentar eximiu o ex-prefeito de culpa pela rejeição das Contas. “A gente sabe que, muitas vezes, isso não é culpa do Chefe do Executivo. Às vezes, trata-se de um erro da técnica contábil, o que não representa ter havido um desvio, um crime. Tentaram colocar essa pecha no ex-prefeito Chico Simões, rotulado, inclusive, como ficha suja, sendo tratado como ladrão pela oposição, exatamente por não ter cumprido esse índice. E agora, ocorre o mesmo com o ex-prefeito Paulo Antunes. Será que mudou a visão do Tribunal ou mudou a visão da Câmara Municipal? O tratamento tem que ser igual”, enfatizou.
“Se as contas do Chico Simões, que hoje estão no âmbito do Poder Judiciário, retornarem à CMCF, aguardaremos essa mesma posição favorável por parte dos demais vereadores que hoje aprovaram as contas do Paulo e que, quem sabe, sendo reexaminadas as contas do Chico, elas igualmente sejam aprovadas aqui na Casa Legislativa Municipal”, completou Marcos da Luz.
