Cidades

Servidores de Ipatinga ameaçam paralisação

A categoria durante ato de protesto em frente PMI, reivindicando recomposição salarial    (Crédito: André Almeida)

IPTINGA – O Sindicato dos Servidores Municipais de Ipatinga (SINTSERPI) confirmou para a próxima terça-feira (21) uma paralisação dos serviços públicos na cidade em virtude da falta de acordo com a Prefeitura Municipal em relação à campanha salarial da categoria. Segundo a presidente da entidade, Elenir de Lima, a Prefeitura já foi notificada e está sendo discutido o percentual de funcionários que ficará nos serviços básicos nesse dia. Uma greve também não está descartada pelos trabalhadores.
Nesta quarta-feira (5), o Sindicato organizou um ato público na Praça dos Três Poderes, em frente à Prefeitura Municipal de Ipatinga. O movimento teve como objetivo primordial reivindicar ao Executivo da cidade o reajuste salarial para a categoria.

RECOMPOSIÇÃO
A entidade reivindica junto à Prefeitura uma recomposição de 15% nos salários. De acordo com Elenir de Lima, hoje, o valor inicial pago a alguns servidores do Executivo é de R$ 616, sendo necessário o pagamento de um abono para que o vencimento chegue ao mínimo estabelecido de R$ 622.
A campanha salarial foi iniciada em janeiro deste ano, mas até o momento a Prefeitura não apresentou uma proposta.

“Das três cidades (Ipatinga, Fabriciano e Timóteo) somente Ipatinga não tem uma proposta”, afirmou a presidente. O Executivo pediu aos trabalhadores um prazo de 60 dias para elaborar um documento para apresentar à categoria. “Isso é lamentável. Pedimos relatórios financeiros à prefeita e não obtivemos. E quando a prefeita se nega é que algo está errado. Nós queremos transparência”, afirma Elenir.

PRIMEIRO ATO
A paralisação será o primeiro ato de grande repercussão da categoria, que afirma estar disposta até mesmo a fazer uma greve caso o acordo não seja firmado. Entretanto, Elenir afirma que prefere acreditar que a Prefeitura irá chamar os servidores para discutir uma proposta. “Queremos evitar a greve neste momento”, diz.
O movimento contou com o apoio de sindicatos de outras cidades como o dos Servidores Públicos de Coronel Fabriciano (Sintmcelf), de Timóteo (Sinsep) e dos Metalúrgicos de Timóteo (Metasita). Todos eles tiveram representantes presentes ao local do movimento.

DIÁLOGO
O SINTSERPI também reclama o relacionamento distante que vem tendo com o Executivo. Elenir disse que, além dos salários, outras questões precisam ser debatidas com o Governo, tais como a sobrecarga de trabalho no Hospital Municipal de Ipatinga e também a questão dos agentes comunitários de saúde, que tiveram o lanche cortado e a carga de trabalho aumentada. “O diálogo está distante. Pedimos reunião e elas não estão acontecendo”, reclama Elenir.
Durante a manifestação, os servidores se dirigiram diretamente à prefeita Cecília Ferramenta (PT) pedindo que ela olhasse com carinho a questão do servidor público municipal. Hoje, o quadro da Prefeitura conta com aproximadamente seis mil servidores públicos.

PMI diz que mantém diálogo permanente

Em nota divulgada ontem a administração municipal de Ipatinga reiterou o compromisso de diálogo permanente com os sindicatos dos servidores públicos municipais.

“Desde janeiro estão sendo mantidos encontros com os representantes sindicais, inclusive uma nova reunião está agendada para esta quinta-feira (16/05), para tratar de assuntos pertinentes à campanha salarial da categoria”, diz a nota.
“Além de garantir a mesa permanente de negociação com os sindicatos, a Administração vem realizando o pagamento de passivos trabalhistas deixados pelo governo anterior e que totalizam cerca de R$ 27 milhões”.

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