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Sérgio Leite aposta em cenário de recuperação da siderurgia

IPATINGA – O presidente da Usiminas Sérgio Leite realizou nesta quinta-feira mais uma rodada de conversas com a comunidade de Ipatinga. Sérgio Leite já se reuniu com o Legislativo, representantes do setor empresarial, com o poder Executivo e com a imprensa local. Ele reassumiu a presidência da Usiminas, sucedendo Romel Erwin, em meio a uma guerra de poder entre os grupos controladores (os japoneses da Nippon Steel/Sumitomo e ítalo-argentinos da Techint/Ternium), destacando os bons resultados da empresa no primeiro trimestre deste ano, quando teve um lucro líquido de R$ 108 milhões e as boas perspectivas diante de um cenário econômico que “chegou ao fundo do poço”, mas com tendências a melhorar.

OTIMISMO

Durante o encontro com a imprensa nesta quinta-feira, Sérgio Leite foi bastante otimista em relação ao cenário da siderurgia nacional, apostando em uma nova perspectiva de mercado. “A economia brasileira atingiu o fundo do poço e agora vai crescer. A questão é com que velocidade se dará este crescimento, mas o cenário do mundo dos negócios é diferente do ano passado”, disse Leite.
Ele adiantou que já informações de que a Unigal (joint-venture entre a Usiminas e a Nippon Steel Corporation – NSC, que tem como principal atividade a galvanização de aço por imersão a quente), está operando a plena carga e vai bater recorde de produção este ano.

PRIMEIRO PASSO

Conforme o presidente da Usiminas, em 2016 a siderúrgica fechou o ano com uma produção de aço de 9,25 milhões de toneladas, o PIB caiu 3% e o consumo de aço caiu a 13%. “Nos remetemos a 15 anos atrás, quando este era o consumo”, ilustrou, afirmando que daqui para frente espera o aumento do consumo aparente de aços planos, mas só em 2025 a Usiminas chegará aos patamares de seus melhores resultados.
Sérgio Leite destacou o resultado do EBITDA Ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado nos três primeiros meses deste ano quando a companhia atingiu R$ 533 milhões, o melhor resultado desde o 2T14, com um lucro líquido positivo de R$ 108 milhões no 1º Trimestre de 2017 (1T17), em comparação ao prejuízo líquido de R$ 195 milhões no trimestre anterior. Para ele, este resultado “é apenas o começo”.
“O plano de revitalização é de 3 a 5 anos”, disse apontado uma série de direcionamento de esforços com o objetivo de atingir as metas, entre os quais zero acidente, redução de custo,, aumento de receita, melhoria do EBITDA e foco no cliente.

ALTO-FORNO 1
O presidente da Usiminas ressaltou que uma das propostas é reacender o alto-forno 1, que será discutida no Conselho de Administração em reunião no próximo dia 11. “Esta é uma iniciativa que vai gerar emprego, receita, impostos e fazer girar a economia regional”, salientou.

DIVERGÊNCIAS
Sobre o conflito entre os acionistas Sérgio Leite disse apenas que ele não agrega valor. “O que agrega valor é o trabalho”, resumiu, afirmando que tem trabalhador para resolver as divergências entre os controladores, lembrando que tem contado com os japoneses há mais de 40 anos e também com os representantes da Techint/Ternium. “Houve um consenso em torno do meu nome para presidir a companhia e este consenso deve utilizado para buscar uma solução”, disse.

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