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Rosangêla Mendes cobra votação de projetos de interesse da cidade

FABRICIANO – A prefeita Rosângela Mendes cobrou ontem da Câmara Municipal a votação de três projetos de interesse da municipalidade. Dois deles, referentes a obras, foram enviados ao Legislativo no dia 8 de janeiro. Ontem, a Prefeitura enviou o mais importante deles, que solicita a abertura de crédito especial para ações de combate à epidemia de dengue no município, um no valor de R$ 236 mil para instalação da Unidade de Hidratação e outro no valor de R$ 100 mil para contratação de pessoal, aquisição de insumos e serviços.

Desde 8 de janeiro estão na Câmara de Fabriciano, ainda sem resposta, os projetos pedindo autorização para abertura de crédito no valor de R$ 2 milhões para realização de obras com recursos da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Setop) e R$ 160 mil de emendas parlamentares para construção de alambrado no campo do bairro Frederico Ozanan e de praça no bairro Santa Terezinha.

PREOCUPAÇÃO
Ontem, durante coletiva à imprensa, Rosângela Mendes disse que existe uma grande preocupação com a votação da autorização para abertura do crédito especial, que libera a Prefeitura para utilizar os recursos repassados pelos governos estadual e federal. “Já encaminhamos dois projetos de lei, no dia 8 de janeiro, e ainda não tivemos resposta.

São projetos de interesse da cidade, de obras que beneficiam a coletividade. Hoje [sexta-feira], encaminhamos o projeto de abertura de crédito especial para tratar da dengue e implantação da Unidade de Hidratação, contratação de técnicos, enfermeiros, compra de remédios e estamos preocupados. Precisamos de uma resposta urgente da Câmara”, conclamou a prefeita.

DENGUE NÃO ESPERA

Ela espera que o legislativo se posicione sobre os projetos até a próxima segunda feira. “A dengue não espera. Já decretamos estado de emergência e temos que resolver a situação com urgência. Da minha parte, da parte do município, fizemos tudo que tínhamos que fazer. Dependemos agora da aprovação da abertura de crédito especial pela Câmara”, insistiu.

Rosângela reconhece que há um clima de tensão no relacionamento do Legislativo com a Prefeitura, mas ressalta que isso não pode prejudicar a população da cidade. “Temos a garantia do próprio Legislativo de que não teríamos problemas com a aprovação dos projetos de interesse da cidade. Mas encaminhamos dois projetos no dia 8 de janeiro e até agora não tivemos reposta, por isso estamos cobrando uma posição com mais veemência. A situação é muito grave. Trata-se de saúde pública, de doença, e esperamos que até segunda-feira a Câmara tenha a responsabilidade, o compromisso com o município e com o combate à epidemia que estamos vivendo agora”, concluiu Rosângela Mendes.

Secretário de Saúde reitera que situação é preocupante

O secretário de Saúde Rubens Castro reiterou que a situação da dengue em Coronel Fabriciano é realmente preocupante. Segundo ele, da penúltima semana de dezembro à segunda semana de janeiro, foi registrada uma curva ascendente com relação ao número de casos de dengue, num curto período de tempo, mostrando que o número de pessoas com a doença evoluiu bastante, a ponto da prefeita decretar o estado de emergência.

“Hoje nós temos uma média semanal de 450 casos notificados. A notificação é importante – embora muitos municípios não a façam, tentando politizar a dengue – porque ela vai para o Sistema Nacional de Atendimento Médico (Sinam), que monitora, através do Ministério da Saúde, quais os municípios estão em estado de alerta, de emergência, etc”.

Conforme Rubens Castro, o Ministério da Saúde entendeu que o caso de Coronel Fabriciano exige cuidados especiais, por isso enviou recursos para combater a dengue. “Mandaram recursos para fazermos controle de vetor – é importante destacar que todos os agente de saúde (140), mais os agentes de controle de endemias, que já fazem este trabalho durante o ano, formaram um exército de aproximadamente 160 pessoas, que tem uma meta a ser cumprida: visitar nos próximos 60 dias todas as 43,2 mil residências da cidade”, salientou o secretário.

ASSISTÊNCIA

A outra questão, além do controle do vetor – segundo ele –, e a mais importante, é a assistência. “Estamos preocupados em dar o melhor para a população. Todas as unidades de saúde já estão equipadas. Estamos incrementando o exame laboratorial com dois motoboys pegando o sangue e levando até os laboratórios e trazendo os resultados até as unidades de saúde, onde são analisados número de plaquetas, hematócritos, etc. Se o paciente está em situação ruim ele é encaminhado para a Unidade de Hidratação”, diz o secretário, explicando o esquema de atendimento aos casos confirmados.

Rubens destaca que a Unidade de Hidratação não é porta de entrada de livre demanda, mas de referência. “Portanto, é importante que as pessoas com sintomas da dengue procurem primeiro as unidades de saúde, senão haverá congestionamento na Unidade de Hidratação”, explica.


O secretário Rubens Castro reafirma a gravidade da situação

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