Atriz captou recursos pela Lei Rouanet, alvo frequente de seu ‘noivo’ Jair Bolsonaro
BRASÍLIA – O provável “futuro matrimônio” entre a atriz Regina Duarte e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à Secretaria Especial de Cultura deve vir carregado de algumas dívidas. A atriz estaria devendo cerca de 319 mil reais para o Fundo Nacional de Cultura, regulamentado pela Lei Rouanet, projeto de incentivo e financiamento à cultura.
De acordo com os registros da Lei, Regina Duarte não teve as contas da peça “Coração Bazar” aprovadas e deverá restituir o valor de 319 mil frente aos 321 mil que pegou originalmente.
Apesar de Bolsonaro e seu clã sempre retomarem a Lei Rouanet como uma “mamata” dos tempos de outros governos, a provável secretária do setor é uma entusiasta do incentivo – pelo menos no que diz respeito à utilização do recurso. A atriz também é dona da empresa “A Vida É Sonho Produções Artísticas”, que já conseguiu três financiamentos que, somados, dão 1,4 milhão de reais obtidos.
O filho de Regina Duarte, André Duarte, que é sócio-administrador da empresa, afirmou que houve incongruência por conta da falta de registros sobre a entrada gratuita ao espetáculo. Segundo ele, esse era um requisito do edital, mas os comprovantes da gratuidade não foram guardados. O espetáculo, um monólogo da atriz, foi realizado entre 2004 e 2005.
Regina Duarte, por sua vez, respondeu que fará “o que a Justiça mandar”. A nomeação da atriz ao cargo de secretária ainda não foi definida, mas deve ser cravada assim que Jair Bolsonaro retornar da Índia – especulação feita por ele mesmo, segundo informado na quarta-feira 22.