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Região exige Fora Temer, fim das reformas e diretas já

(DA REDAÇÃO) – Os movimentos sindicais e sociais do Vale do Aço realizaram nesta quarta-feira na praça da Estação, em Coronel Fabriciano, mais uma manifestação de protesto contra o governo de Michel Temer, exigindo sua renúncia, o fim das reformas trabalhista, previdenciária, da terceirização e ainda eleições diretas já. O ato reuniu cerca de 150 pessoas, em sua maioria militantes e ativistas sindicais, populares e de partidos políticos.
O representante da subsede do Sind-UTE de Ipatinga Jodson Sander foi enfático. “Temer não nos representa. Queremos o Brasil para os brasileiros”, disse, rebatendo argumentos de que Temer só é presidente porque era vice de Dilma. “A proposta dos golpistas jamais seria vitoriosa nas urnas porque está a serviço do capital”, contra-atacou.
Já a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Ipatinga (Sintserpi) Marcione Menezes Andrade, salientou que a reforma da Previdência é das formas do governo Temer contemplar o setor privado. “Para vender previdência privada é preciso destruir a previdência pública, sucatear o INSS. Para constatar isso, basta ver o aumento dos planos de saúde após o início da reforma da Previdência”, sugeriu.

REPRESSÃO

A ativista Cida Lima, também da subsede do Sind-UTE em Ipatinga lembrou que as manifestações em Brasília, que ocorriam no mesmo momento estavam sendo alvos de intensa repressão por parte do governo golpista que, encurralado, checou a convocar as forças federais para proteger a Esplanada dos Ministérios e os palácios de Brasília. “Estão lançando mão de recursos típicos dos governos autoritários. Aqueles que se alinham por um Brasil e melhor estão ruas”, conclamou.

GUERRA AOS TRABALHADORES
O representante do Comitê em Defesa da Democracia e do Psol, Robinson Ayres Pimenta, sublinhou que o momento é grave e é preciso saber o papel de cada um no processo de enfretamento ao governo Temer para evitar que se ente uma nova transição negociada, a exemplo do Colégio Eleitoral que elegeu Tancredo Neves em 1988, tirando das ruas o Movimento pelas Diretas Já. “Estamos discutindo o depois”, disse, ressaltando que o golpe para colocar Temer no poder foi seguido de uma guerra frontal contra os interesses das classes trabalhadoras que se resume nas tentativas de obstrução da Lava Jato para proteger os corruptos e nas investidas contra os trabalhadores através das reformas da Previdência, trabalhista e da terceirização, eliminando benefícios como a aposentadoria e aqueles contidos na CLT. “As elites golpistas estão pensando numa proposta de conciliação. A última foi a transição negociadas com o regime militar. Mas não tem arrego. Nada menos que fora, Temer, diretas já, cadeia para os corruptos e uma Constituinte livre, democrática e soberana”, exortou Robinson Ayres.

O BRASIL AOS BRASILEIROS

O jovem Mateus Khoury, do Levante Popular da Juventude, destacou que não é possível aceitar mais cortes na educação. “Nós vamos seguir lutando até que Temer saia do lugar onde nunca deveria ter entrado”, resumiu.
O vereador fabricianense Marcos da Luz disse que o momento é da população se organizar e lutar por seus direitos. “É preciso ir pra as ruas exigir o Fora Temer, o fim das reformas e as eleições diretas”, conclamou.
A presidente da CUT Regional Conceição Monteiro abordou a situação conjuntural, lembrando a denúncia feita pelos proprietários da JBS sobre as propinas repassadas a Temer e Aécio Neves. “A família JBS pagou milhões, milhões e milhões porque quer que os trabalhadores percam o 13º salário, os direitos adquiridos, o direito a aposentadoria. É inaceitável empresários defenderem a escravização da classe trabalhadora. Este País é dos brasileiros, por isso queremos a diretas já, a Constituinte e a democracia de volta”, defendeu.

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