Cidades

Redução vagas de vereadores em Ipatinga é retirado de pauta

(DA REDAÇÃO) – A Câmara Municipal de Ipatinga retirou de pauta o principal projeto previsto para ser votado na sessão desta segunda-feira (22), que reduzia de 19 para 15 as cadeiras do Legislativo. O presidente da Câmara, Jadson Heleno (SD), alegou a ausência de três vereadores para retirar o projeto de pauta, mas a decisão, segundo informações de bastidores, foi a mudança de posição de vários vereadores em relação à matéria, após articulação do líder de governo, Sebastião Guedes (PT).  O projeto já havia sido aprovado em primeira votação com a maioria dos votos.

ARTICULAÇÃO

A reunião desta segunda-feira foi marcada por críticas ao governo, principalmente por causa do reajuste das passagens de ônibus. O presidente Jadson Heleno aproveitou a intervenção para reclamar do aumento da tarifa para criticar as articulações que poderiam derrubar o Projeto de Lei sobre o número de vagas no Legislativo. Ele reclamou que a administração municipal está tratando a Casa com desdém ao não responder os requerimentos sobre os cálculos que resultaram no aumento de preços do transporte coletivo. “O mesmo esforço que o governo está fazendo para derrubar o Projeto de Lei sobre o número de vereadores, deveria ser feito para responder os requerimentos. Esta Casa tem que ser respeitada”, assinalou.

EQUÍVOCO

Já o líder do governo, Sebastião Guedes, confiante, numa eventual rejeição do projeto que reduz o número de vereadores na cidade, defendeu que o projeto fosse votado. “Eu preferia votar”, disse.

O vereador destacou que Parlamento é o local do debate e que a mudança de posição dos vereadores é salutar. “Quando se percebe que uma decisão foi equivocada e afoita, sem saber o seu significado, não há nenhum problema em mudar”, disse, enumerando que os argumentos utilizados para a redução do número de vereadores não faz sentido. “O Projeto está sendo tratado como redutor de gastos e isto não é verdade. O duodécimo (repasse Orçamentário do Executivo ao Legislativo) é o mesmo com 19 ou 15 vereadores”, disse, lembrando que se os recursos não forem utilizados eles retornam ao Executivo. Destacou ainda que a representação popular ficará comprometida com o número menor de vagas; e que as eleições ficarão mais caras e desiguais, na medida em que os mais ricos terão mais chances de disputar o pleito do que os candidatos com menos recursos.

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