Policia

Queimadas no Vale do Aço aumentam em 48%

Fumaça provocada por queimadas encobre região próxima ao Parque Florestal, na chegada a Ipatinga

IPATINGA –
De acordo com o balanço do Corpo de Bombeiros de Ipatinga, em 2014 foram registrados 67 focos de incêndio contra 45 entre janeiro e outubro do ano passado, um aumento de 48,8%. As queimadas aconteceram em áreas de atuação que compreendem 97 municípios, entre o Vale do Aço e entorno. A estimativa é do Corpo de Bombeiros de Ipatinga.

O comandante da Corporação, tenente Oberdan Inácio, acredita que o aumento se deve à estiagem prolongada deste ano. “Estes focos são originados, por exemplo, de uma pessoa que coloca o lixo em local próximo à vegetação e até pelos próprios agricultores que colocam fogo no mato para renovar o pasto. Devido ao clima seco o fogo se alastra e foge ao controle”, disse o comandante.

Ainda conforme o militar, quando há uma queimada próxima à área urbana, os moradores, com medo de que o fogo atinja as casas, tentam combater as chamas com baldes de água e o uso de mangueira. Porém, na avaliação do tenente Oberdan nenhum cidadão deve tomar este tipo de iniciativa.

“Às vezes a pessoa vai tentar combater o fogo e pode acontecer algum acidente, inclusive, isso aconteceu recentemente no Sul de Minas. Quando o Corpo de Bombeiros faz esse combate, ele faz com equipamentos adequados, de proteção individual, o que diminui e muito a possibilidade de acontecer um acidente ao militar que está combatendo este fogo. Então, um combate a queimada não é tão simples assim”, alertou o militar, acrescentando que até mesmo a direção do vento pode influenciar na forma de combate às chamas.

APARATO

Sempre que os bombeiros recebem um chamado para combate a incêndios florestais eles usam inicialmente uma viatura de pequeno porte, com capacidade para quatro homens, para analisar a situação. O veículo é equipado com mangueiras, mochilas com água e equipamentos de segurança para os bombeiros poderem combater as chamas. O comandante explica que alguns casos são fáceis de resolver. “Quando nós verificamos que um incêndio é de grande proporção, existe neste período do ano o que a gente chama de força-tarefa com a Polícia Militar e Polícia Civil, que fica na cidade Curvelo, e lá tem helicópteros, aviões e militares à disposição só para o combate a incêndio florestal”, acrescenta.

“Então, caso haja necessidade de acionar essa força-tarefa nós o fazemos, como ocorreu recentemente no Parque Estadual do Rio Corrente, em Açucena, quando foram acionadas as aeronaves do Corpo de Bombeiros para fazer o combate e levar os brigadistas até o local”, exemplificou o comandante Oberdan.

PREVENÇÃO

Para que a situação não fique fora de controle, o comandante diz que a melhor medida a ser tomada é a prevenção. “Toda vez que for realizar uma queimada, o proprietário de terras precisa pedir uma autorização do Instituto Estadual de Floresta. E lá ele vai receber as orientações para realizar essa queimada com segurança sem o risco do fogo se alastrar”, orienta o bombeiro.

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