IPATINGA – A proteção e a recuperação de nascentes estão entre as principais ações para garantir a segurança hídrica na Bacia Hidrográfica do Rio Doce. Os Comitês da Bacia do Rio Doce anunciaram uma importante marca: mais de 2 mil nascentes já foram protegidas por meio da Iniciativa Rio Vivo.
Implementada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH Doce), junto aos CBHs de rios afluentes mineiros, a iniciativa abrange três frentes de trabalho: controle das atividades geradoras de sedimentos, recomposição de Área de Preservação Permanente (APPs) e nascentes e expansão do saneamento rural.
Até outubro de 2025, o Rio Vivo alcançou a marca de 2.196 nascentes cercadas em 51 municípios na Bacia do Rio Doce. A iniciativa é financiada pela cobrança pelo uso da água – instrumento de gestão que tem o objetivo de incentivar o uso racional e gerar recursos financeiros para investimentos na recuperação e preservação dos mananciais.
NASCENTES
Desde o início das ações, mais de R$ 35 milhões já foram destinados à execução das intervenções. O presidente do CBH Doce, José Carlos Loss Júnior, destaca que proteger os rios, começando pelas nascentes, é fundamental para assegurar água em quantidade e qualidade compatíveis com as necessidades de cada território da bacia.
“Na Bacia do Rio Doce, onde grande parte dos desafios ambientais está relacionada à perda de vegetação e ao assoreamento, a recuperação e a conservação das nascentes e das áreas de recarga hídrica se tornam ações estratégicas. Comemoramos a marca de 2 mil nascentes cercadas, cientes da importância de aliar o cuidado com as águas a iniciativas que promovam melhorias amplas na qualidade ambiental”, afirmou.
VALE DO AÇO
No Vale do Aço, o trabalho de proteção das nascentes já começa a gerar resultados concretos. No Córrego do Mamão, localizado na zona rural de Timóteo, seis intervenções já foram concluídas. “O cercamento das nascentes mudou completamente o aspecto da vegetação. A propriedade sempre teve um cuidado com a natureza, mas, aos poucos, percebemos a redução da água na fazenda. Com o cercamento, esperamos que a quantidade de água aumente e volte ao que era antes”, destacou o produtor rural Vitorino José de Souza.



