MARLIÉRIA – Mais de 200 estudantes dos municípios de Dionísio e Marliéria participaram do encerramento do projeto “Tem Bicho no Parque”, realizado no início do mês de novembro, no Parque Estadual do Rio Doce (PERD). O projeto, coordenado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), trabalhou ao longo do ano com crianças do 5º e 6º anos do ensino fundamental de cinco escolas e teve como objetivo promover a educação ambiental e a consciência para preservação do bioma Mata Atlântica.
Rodas de conversa com pesquisadores no Centro de Visitantes do parque, apresentação dos conteúdos ministrados ao longo do ano, além de visitas ao Lago Dom Helvécio e piquenique na área de camping fizeram parte da programação de encerramento.
AÇÕES
O projeto promoveu, durante todo o ano, oficinas focadas nos animais símbolos do Perd. Cada encontro contou com o apoio dos Projetos Tatu-Canastra; Primatas Perdidos e Projeto Bicudos.
A coordenadora do “Tem Bicho no Parque”, Jailma Soares, avalia que o projeto encerra com os objetivos alcançados. “O projeto iniciou com a equipe do Colégio Técnico da UFMG, com a elaboração de um álbum de figurinhas e definimos que iríamos trabalhar o álbum com as escolas do entorno do parque. Cada grupo de pesquisador convidado trabalhou de uma forma diferente junto às crianças. Hoje, vendo o retorno que as escolas deram, avaliamos que vale a pena, e que alcançamos o objetivo esperado de levar conhecimento sobre a Mata Atlântica e a fauna do nosso bioma”, pontua Jailma.
ACADEMIA E VIVÊNCIA
Para o coordenador pedagógico da Escola Municipal José Pedro da Silva (Marliéria), Alan Benevenuto, o projeto “Tem Bicho no Parque” combinou a construção de conhecimento acadêmico com a vivência das crianças moradoras do entorno do PERD. “Esse processo oportunizou para as crianças o conhecimento de uma série de valores e informações, como atitudes de respeito às diversas formas de existência. A forma como foi conduzido, alinhando conhecimento teórico-científico com a vivência prática por meio das oficinas e a vinculação que nossos alunos têm com o Parque foi de fundamental importância”, destacou.
RIQUEZA
A professora Marta Gandra, da Escola Estadual D. Jacy Francisca Garcia, de Dionísio, relata que as oficinas realizadas pelo projeto foram enriquecedoras para os estudantes e também para os educadores. “Eu me enchi de curiosidades junto com os alunos. Os pesquisadores foram bem esclarecedores, todos nós viramos alunos durante o projeto. Era sempre uma expectativa para saber qual espécie seria abordada no encontro seguinte. A conscientização cresce muito com iniciativas como essa. A didática do projeto é maravilhosa e gostaria que mais crianças tivessem acesso a esse conteúdo”, avalia a professora.
PERTENCIMENTO
Já a professora Cláudia Martins, da Escola Municipal Padre João Borges Quintão, de Marliéria, frisa que o conhecimento referente ao PERD promoveu a noção de pertencimento aos estudantes. “Eles tiveram a oportunidade de saber mais sobre o PERD. Deu uma visão da importância de estar presente e participar de forma consciente e efetiva sobre a preservação ambiental. Eles puderam conhecer os animais e valorizar o Parque e ter a unidade de conservação como sendo deles também”, frisa a professora.