sexta-feira, junho 6, 2025
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Professores Ipatinga decidem greve por tempo indeterminado

Assembleia da categoria decidiu paralisar as atividades depois de processo de demissão em massa deflagrado pela Prefeitura Municipal

Foto: Assembleia dos (as) professores (as) realizada na Escola Estadual Manoel Izidio decidiu pela greve – Crédito: Divulgação/Sind-UTE

IPATINGA – Os professores da rede municipal de ensino de Ipatinga decidiram em assembleia realizada nesta terça-feira (3), na Escola Estadual Manoel Izídio, entrar em greve por tempo indeterminado. O início da paralisação está previsto para a próxima terça-feira (dia 10/06).

REINTEGRAÇÃO

A categoria reivindica a reintegração dos professores demitidos pela Prefeitura Municipal. O processo de demissão em massa atingiu os (as) trabalhadores (as) após as manifestações do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) em defesa do pagamento do Piso Salarial Nacional.

SITUAÇÃO DE CRISE

A diretora da Subsede do Sind-UTE em Ipatinga, Isaura Carvalho, disse que a categoria está vivendo uma situação de crise na educação no município. “A lei do piso não é cumprida e os trabalhadores recebem abaixo do mínimo estabelecido, em grave arrocho salarial, recebendo um dos piores salários da região. Faltam muitos profissionais nas escolas, gerando desvios e sobrecarga de trabalho; ausência de concurso público, com grande número de profissionais contratados em situações precárias”, salientou Isaura.

RETALIAÇÃO

Ela lembrou que as demissões na rede municipal tiveram início após as manifestações da categoria em defesa as reivindicações da Campanha Salarial. “A categoria realizou uma manifestação legítima, em uma greve de 48 horas, exigindo a retomada de negociações e respeito aos direitos da categoria. A resposta do governo foi a demissão em massa e legalmente injustificada, o que representa um ataque aos direitos e à dignidade dos profissionais”, sublinhou Isaura Carvalho.

SEM ALTERNATIVA

Ainda segundo ela, “a decisão de paralisar as atividades acontece num cenário de total desrespeito: enormes perdas salarias, falta de profissionais nas escolas, mau uso dos recursos da educação, arbitrariedades e demissões por perseguição política. Não restou alternativa aos educadores, senão paralisar suas atividades”.

Ela defendeu a greve da categoria afirmando que se trata de uma paralisação legítima, necessária e urgente diante do descaso do governo de Ipatinga com a educação pública e seus profissionais.

“É necessário que o governo proceda a reintegração dos profissionais demitidos e cesse os ataques ao direito de organização da categoria e retome, de fato as negociações das reivindicações da categoria.

A nossa luta é por nós, pelos nossos estudantes e por toda a sociedade”, finalizou.

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