Cidades

Professores de Ipatinga declaram estado de greve

Feliciana Saldanha: “Não vemos motivos para que o projeto não seja votado” disse  (Crédito: Nadieli Sathler)

 

IPATINGA – Os profissionais da rede municipal de ensino deliberaram durante assembleia realizada nesta quinta-feira (21) pelo estado de greve. A categoria pretende forçar o governo Robson Gomes (PPS) a encaminhar ao Legislativo projeto de lei contendo plano de carreiras da Educação.
Em função das eleições de outubro, os vereadores têm até a próxima sexta-feira (29) para aprovar o texto final da proposição, construída através de um amplo debate promovido pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), subsede de Ipatinga, em conjunto com a Prefeitura.
Segundo Feliciana Saldanha, coordenadora do sindicato local, a minuta do projeto foi encaminhada ao prefeito na última quarta-feira (20), juntamente com cópias para as Secretarias de Educação, Administração, Procuradoria e para todos os vereadores.
“Não vemos motivos para que o projeto não seja votado, uma vez que os representantes da secretarias acompanharam todo o nosso debate. Foi uma elaboração democrática que contemplou todos os três lados: sindicato, trabalhadores e administração municipal”, ressaltou.
Uma assembleia com os servidores foi marcada para terça-feira (26), quando novos encaminhamentos serão discutidos com a categoria. A intenção é que haja uma paralisação no período da tarde e da noite, simultaneamente ao encontro.
“Vamos fazer um trabalho de corpo a corpo com os vereadores durante o final de semana e intensificar o diálogo com a comunidade. Os pais e alunos também serão esclarecidos do nosso movimento e da falta de cumprimento dos acordos pelo governo Robson. Mas postergar a votação desse projeto é uma situação que queremos evitar, senão a categoria será muito prejudicada”, defendeu a coordenadora.

CONQUISTAS
Feliciana ressaltou ainda que as discussões do plano de carreira deste ano contemplaram os professores com benefícios que não foram incorporados em 2009, como a gratificação por tempo de regência, dentro de sala de aula. “Os professores que desenvolverem projetos para melhoria na aprendizagem também serão contemplados com a gratificação. Antes esses benefícios apenas eram incorporados quando o profissional exercia cargo na direção escolar ou então como assessor da secretaria municipal de Educação. Os professores que ficavam na sala de aula não eram contemplados”, contou.
O novo plano de carreiras prevê também acréscimos à remuneração dos servidores municipais em caso de conclusão de mestrado ou doutorado. A legislação a ser votada vai permitir que o profissional tire licença remunerada ao ingressar nos cursos de especialização.

PROGRESSÃO
Outro ganho para a categoria foram as progressões horizontais e verticais. No caso da progressão horizontal, o servidor vai mudar de nível a cada dois anos, com uma vantagem de 6% em seu contra-cheque. Já nas progressões verticais, o acréscimo de 10% vai ser feito a cada cinco anos.
“Antes tínhamos apenas um nível para a educação. Com a nova proposta, contemplamos todos os profissionais e criamos ainda um quadro único propondo inclusive a criação de cargos para a área de assessoria pedagógica ou administração escolar. Na minuta consta que essas vagas serão providas através de concurso”, explicou.
Entre as novas funções criadas para a educação básica estão os cargos de assistente de infraestrutura, assistente de administração, auxiliar de alimentação (cantineiras), secretaria de unidade escolar e analista. Houve ainda a adição das funções de nutricionista, fonoaudiólogo, assistente social e psicóloga às unidades de ensino.

 

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