Cultura

Prévia de Festival Lula Livre faz do Oficina palco de luta pela liberdade

Teatro histórico no Centro de São Paulo foi o local escolhido para o esquenta do evento que reunirá diversos artistas no próximo domingo (2) em defesa do ex-presidente

SÃO PAULO – Após reunir milhares de pessoas no Rio de Janeiro ano passado chega a vez de São Paulo receber o Festival Lula Livre. Com a presença de vários artistas renomados, a segunda edição do evento acontece no dia 2 de junho, na Praça da República, com a proposta de promover ato artístico com muita música em defesa da liberdade do ex-presidente Lula, preso há mais de um ano. Entre os nomes já estão confirmados estão: Arnaldo Antunes, Chico César, Otto, Felipe Catto, Francisco El Hombre, Mombojó, Slam das Mina, Aláfia, Fernanda Takai, Dead Fish e Márcia Castro.

O Teatro Oficina, companhia comandada por José Celso Martinez Corrêa, no tradicional bairro do Bixiga em São Paulo que tem sido palco de atos de resistência ao longo das últimas seis décadas recebeu na terça-feira uma prévia do Festival Lula Livre – marcado para o próximo domingo (2 de junho) também na capital paulista.

Pelo entusiasmo que se viu às vésperas do evento, a luta pela liberdade do ex-presidente terá o apoio irrestrito não só de lideranças políticas como Fernando Haddad, mas também de grande parte da classe artística e intelectual do país. Mas por que associar o nome de Lula às pautas imediatas do país como a defesa pela educação pública, contra os ataques à cultura e pelo fim dos retrocessos em voga? A resposta quem oferece é o próprio Haddad.

FUTURO DE VOLTA

“Para mim, o Brasil está vivendo uma metáfora do que está acontecendo com Lula porque ele está preso ao mesmo tempo em que tantas portas estão sendo fechadas na cultura, da educação, na ciência… No fim vai sobrar o quê deste período? Mas daí a juventude deste país sai às ruas para pedindo o futuro de volta. A demonstração de força dada no último dia 15 é a prova de que Lula Livre é uma possibilidade tanto quanto o Brasil Livre”, declarou o ex-ministro – sua fala fez Zé Celso levantar-se de onde estava para dizê-lo: “é isso, é exatamente isso”.

Marianna Dias, presidenta da UNE, concorda e lembra da importância em não baixar a guarda nas lutas que virão  – na quinta (30), um novo “tsunami da educação” está agendado para acontecer em diversas cidades do país. “A educação é a arma mais poderosa contra um governo como o de Bolsonaro. A educação liberta, a universidade é um espaço de liberdade, de questionamento, e é isso que desperta ódio neles”.

A SERVIÇO DA LIBERDADE

Antes, ator e amigo de Lula, Sérgio Mamberti, também já havia dado mostras de que a arte e a cultura estarão sempre a serviço da liberdade – de Lula e do país – ao ler o manifesto divulgado um mês antes e assinado por ele, Beth Carvalho, Leonardo Boff, Chico Buarque e outros grandes ícones do país, além de lideranças políticas e representantes de movimentos sociais.

“O que a prisão de Lula tem a ver com você?  Olhe em volta.  Sabe esse nó na garganta que você sente com o bombardeio diário de problemas, esse sentimento de andar em marcha à ré enquanto crescem ao seu redor os sem emprego, os sem teto, os sem comida?  (…)  O nosso grito por Lula Livre é um imenso coro em defesa da verdade! Vamos, de mãos dadas, construir este imenso cordão por justiça para Lula e para o povo brasileiro!’, diz o texto.

Ricardo Stuckert

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