Crédito foto: Elvira Nascimento
MARLIÉRIA – A Prefeitura Municipal marcou a 32ª Cavalgada de Marliéria para o mesmo dia da tradicional Festa de Nossa Senhora do Rosário e de Nossa Senhora das Dores (padroeira da cidade), que ocorre em 14 de setembro, ignorando a tradição que há décadas faz parte da história do município.
A Cavalgada será realizada nos dias 12, 13 e tem seu ponto alto também no dia 14 de setembro, criando um choque de agendas que acaba prejudicando a Festa do Rosário, já que o conjunto do rito é composto de cortejo religioso, encontro das guardas do congado, dança, missa e outras ações que exigem deslocamento do congado e dos demais participantes.
Para Denise Pereira de Castro, integrante do recém-criado Conselho de Cultura de Marliéria, a falta de uma agenda cultural e de uma discussão mais ampla com a comunidade são algumas das causas de situações conflitantes como esta.
Denise avalia que a decisão impositiva da Prefeitura acaba atrapalhando o cortejo religioso, colocando em risco a segurança dos fiéis, com o aumento do tráfego de carros e cavalos pela cidade e, mais grave, desrespeita a fé e a história do povo.
A imposição da Prefeitura teria sido feita sem diálogo, com pressão sobre os Reis Festeiros e a Igreja, que acabou por transferir o local do cortejo.
A Cavalgada de Marliéria, embora tenha ficado sem acontecer durante alguns anos, também faz parte do calendário de eventos do município e é considerada uma festa importante para a cidade e sua economia, mas a realização simultânea com a Festa do Rosário é um desrespeito a ambas festividades.
