BH – Os sindicatos Sindieletro, Sindágua e Senge-MG promoveram na Praça 7, no coração de Belo Horizonte, uma aula pública com o tema “Por que a CEMIG e a COPASA devem continuar empresas públicas estatais?” A iniciativa reuniu trabalhadores, movimentos sociais, lideranças sindicais, parlamentares, professores e artistas em uma ação política, cultural e educativa.
A aula pública contou com a presença de diversas lideranças políticas comprometidas com a defesa do patrimônio público. Estiveram presentes o deputado estadual Professor Cleiton (PV), os vereadores de Belo Horizonte Bruno Pedralva e, Marcelo Monteiro, de Lagoa Santa, além de educadores e representantes de entidades populares.
A aula pública teve um formato lúdico e acessível, com uso de telão e intervenções artísticas, permitindo que todos os presentes compreendessem a gravidade da proposta do governo Zema, que quer aprovar a PEC 24/2023 para eliminar o direito da população mineira de decidir, por plebiscito, sobre a privatização de empresas públicas essenciais.
Dirigentes sindicais lembraram que a privatização desses serviços, como já ocorreu em São Paulo, Rio de Janeiro e em vários países, resultou em aumento de tarifas, queda na qualidade dos serviços e exclusão das periferias e cidades menores.
“A tarifa social corre risco, o planejamento público fica comprometido, e os mais pobres são os primeiros a pagar a conta. Mas nós não seremos calados. Minas Gerais não está à venda. A participação de todos é fundamental nessa luta”, enfatizou o coordenador geral do Sindieletro, Emerson Andrada.
A professora Fátima Alves, em uma fala comovente, expressou o espírito de resistência que marcou o evento: “O governo não vai nos derrubar com todas estas privatizações criminosas, que tiram o direito à vida das pessoas, como o fechamento de hospitais e escolas. Agora, a ameaça é ficar sem água e sem luz. Mas ele não vai nos deter. Porque se jogar a gente no chão, nós somos sementes, vamos brotar e multiplicar. A luta do povo é de todos, afirmou”.
Além das falas políticas e pedagógicas, o público foi impactado por apresentações de hip-hop, como dança, poesia e rimas, que transformaram o ato em uma experiência sensível e poderosa, reafirmando que água e energia são direitos e não mercadorias.
SEMINÁRIO POPULAR
A atividade reforçou o chamado para o grande Seminário Popular contra a Privatização da CEMIG e da COPASA, que acontecerá no dia 6 de agosto, das 13h às 19h, na Faculdade de Direito da UFMG (Avenida João Pinheiro – Centro de BH). O evento é gratuito, aberto a todos os mineiros, e as inscrições devem ser feitas até o dia 6 de agosto pela plataforma Sympla no link: https://l1nk.dev/LDxZT
