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Possível corte de orçamento para BR-381 preocupa deputados

(DA REDAÇÃO) – O andamento das obras de duplicação da BR-381 entre Governador Valadares e Belo Horizonte, que é muito lento, pode ficar ainda mais complicado devido à possibilidade de corte de recursos do governo federal para a realização da obra. Essa preocupação foi levantada durante a audiência pública realizada nesta terça-feira (26), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para discutir a duplicação da chamada “Rodovia da Morte” e também a recuperação da antiga ponte sobre o rio Piracicaba que liga Coronel Fabriciano e Timóteo, cujo edital para realização das obras está previsto para ser publicado em outubro, depois de cinco anos da sua interdição parcial.
As intervenções no trecho de 303 quilômetros que liga o Leste mineiro à capital começaram em 2014, mas andam a passos lentos, e atualmente, as obras estão restritas a dois trechos, a cargo da Construtora Brasil. Outros seis lotes seriam realizados pela empresa espanhola Isolux Corsán, mas os contratos foram rescindidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) por falta de execução dos serviços.

PREOCUPAÇÃO
Integrante da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa e um dos autores do pedido para realização da audiência pública desta semana, o deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB) disse que a possibilidade de nova paralisação das obras na BR-381 trazem preocupação, principalmente para o Vale do Aço. “Sabemos que o governo federal tem feito cortes, mas não podemos admitir de modo algum que isso aconteça”, protestou Celinho, que em abril último integrou uma comissão que esteve em Brasília para cobrar recursos para a obra do ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintanella Lessa.
Uma das propostas discutidas na audiência, que teve a participação de várias lideranças empresariais e políticas do Vale do Aço e de Governador Valadares, foi a criação de uma comissão para acompanhamento das obras de duplicação da 381. “A mobilização pela duplicação da BR-381 não pode parar. Precisamos garantir orçamento para isso”, defendeu a deputada Rosângela Reis (Pros).

“DESPRESTÍGIO”
As lideranças do Leste mineiro presente à audiência na ALMG reclamaram do “desprestígio” da região junto ao governo federal e se comprometeram a fazer uma marcha até Brasília para demonstrar descontentamento com as obras de duplicação. “Toda a região está engajada pelas obras”, reforçou o vice-presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) no Vale do Aço, Flaviano Mirco Gaggiato, da empresa Viga Caldeiraria.
Com a ausência de representantes do DNIT, também criticada pelas lideranças regionais, coube ao gerente de Planejamento da Construtora Brasil, Jorge Luiz Pereira Cançado, explicar a situação da BR-381 e prometer a realização das obras “com a maior brevidade possível”, desde que exista disponibilidade orçamentária do governo federal. “Dependemos apenas de recursos”, justificou.
A Construtora Brasil é responsável pela duplicação dos trechos que compreendem o entroncamento da MG-320 para Jaguaraçu, Antônio Dias até o ribeirão Prainha, em Nova Era, com 30 quilômetros de extensão, e de Barão de Cocais a Caeté, com 37 quilômetros. Cançado informou que o primeiro trecho teve apenas 3% das obras realizadas até agora, enquanto o segundo está quase 50% concluído. Em 2017, foram até dezembro e em torno de R$ 500 milhões para o ano que vem.

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