LISBOA – Autoridades portuguesas iniciaram nesta quinta-feira (4) as causas do acidente no elevador da Glória, no centro de Lisboa que causou a morte de 17 pessoas e ferindo outras 21 ao se chocar contra um prédio. Manuel Leal, líder da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), disse à TV local que os trabalhadores da linha da Glória – um dos símbolos da cidade – haviam reclamado de problemas com a tensão do cabo de transporte, que dificultava a frenagem, mas ainda era cedo para dizer se essa era a causa do acidente.
MEDO
Abel Esteves, de 75 anos, morador de Lisboa, e sua esposa e neto estavam entre os 40 passageiros do vagão na base da colina e conta que viram o vagão descarrilado indo em sua direção. “Quando vi o outro vagão descendo, disse à minha esposa: Vamos todos morrer aqui”, declarou ele. “O vagão ganhou uma velocidade brutal, deu uma leve guinada e atingiu o prédio com um grande estrondo”, narrou.
INSPEÇÃO
As bandeiras foram hasteadas a meio mastro, enquanto Portugal declarou um dia de luto pelas vítimas. As duas linhas restantes da cidade foram fechadas para inspeções, segundo as autoridades.
O acidente envolveu 38 pessoas, sendo que 15 morreram no local e outras duas morreram no hospital durante a noite, disse Margarida Martins, chefe dos serviços de emergência da cidade.
Entre os feridos estão quatro cidadãos de Portugal, dois da Alemanha, dois da Espanha, além de um da Coreia, um de Cabo Verde, um dos Canadá, um da Itália, um da França, um da Suiça e um do Marrocos.
BRASILEIROS FERIDOS
Consulado-Geral diz que recebeu registro de dois brasileiros afetados pelo acidente e que não recebeu solicitação de ajuda. “Um deles, atendido na Unidade de Saúde Local Amadora/Sintra, já recebeu alta. A segunda segue internada, com possível transferência agendada para a unidade de Amadora/Sintra. Não foram divulgados outros detalhes sobre os pacientes, como nomes e situação de saúde”, diz a nota do consulado.
Vítimas fatais brasileiras não foram identificadas. Os nomes, idades e outros detalhes sobre os dois feridos também não foram divulgados pelo Consulado.