sexta-feira, novembro 7, 2025
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População de Timóteo faz ato neste sábado contra ameaça à mata do bairro Funcionários

Crescimento desornado e sem planejamento urbano provocado pela especulação imobiliária verticaliza, destrói reservas naturais e deteriora qualidade de serviços na cidade

TIMÓTEO – Os moradores de Timóteo realizam neste sábado, a partir das 11 horas na escadaria da Escola Estadual Getúlio Vargas, uma manifestação em defesa da mata do bairro Funcionários, ameaçada de devastação pela especulação imobiliária. A investida contra o patrimônio natural no município, que é limítrofe ao Parque Florestal do Rio Doce, declarado pela Unesco como Reserva de Biosfera, e uma das principais reservas de Mata Atlântica de Minas, foi “patrocinada” pela alteração na legislação de uso e ocupação do solo feita pelo governo municipal e aprovada pela Câmara Municipal de Timóteo.

REAÇÃO

O vice-presidente da Associação dos Moradores do Bairro Funcionários, Sérgio Almeida, destacou que a manifestação deste sábado é uma reação à ameaça ao patrimônio natural. “O movimento começou através da Associação de Moradores do bairro Funcionários, onde a mata está localizada, mas cresceu muito porque é uma reserva de toda a cidade, assim como outras matas que existem em Timóteo, e sua destruição pela especulação imobiliária atinge a todos”, salientou.

ESPECULAÇÃO

Sérgio Almeida disse que o bairro Funcionários, assim como todo o município tem vivido um processo de verticalização acentuado, sem que haja investimentos na infraestrutura para comportar o crescimento desenfreado.

“O movimento quer reverter esta situação provocada por políticos, que, de forma maldosa, alteraram a lei, possibilitando que uma mata de preservação absoluta e de grande importância no amortecimento de impactos ambientais possa ser destruída e urbanizada”, enfatizou Sérgio.

Conforme ele, o bairro Funcionários e a cidade sofrem com a alteração na legislação municipal porque o crescimento acelerado promovido pela especulação imobiliária, a verticalização e construção de condomínios, além da destruição ambiental, não são acompanhados dos devidos investimentos na infraestrutura de serviços.

SEM PLANEJAMENTO

A permissividade e conivência com a destruição ambiental sem planejamento urbano está criando uma situação caótica na cidade.

“Vivenciamos uma realidade de graves problemas com o trânsito, principalmente entre 17 e 18 horas, com a saída de funcionários da Usina; e também por causa das escolas, que são 2 na avenida JK e outras 2 na avenida Almir de Souza Ameno. Além do trânsito, temos sérios problemas com o abastecimento de água, que sempre falta; com a rede de esgoto, que entope; com falta de energia, porque a infraestrutura destes serviços não comporta o crescimento desordenado”, enumera Sérgio Almeida.

Ele disse que a população recorreu ao Ministério Público, no dia 31 de outubro, que já havia recebido uma denúncia anônima, e adiantou que o movimento vai continuar fornecendo informações ao MP na tentativa de conter e reverter o processo de especulação e destruição ambiental.

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