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Policial que matou jovem será julgado em novembro

Álbum Pessoal

IPATINGA – O cabo da PM Wagner Anacleto Silva, o “Foguinho”, será julgado no dia 18 do mês que vem. Ele é acusado de matar Tayrony Vildes Gomes Fernandes, 18 anos. O crime aconteceu no bairro Esperança em abril deste ano. O Júri Popular está marcado para as 9h no Fórum de Ipatinga. O militar responde por homicídio qualificado (com recurso que dificultou a defesa da vítima) e ainda por outras quatro tentativas de homicídio. Desde o crime, o PM encontra-se recolhido no 14º Batalhão de Polícia Militar, em Ipatinga.

O CRIME
Segundo consta no inquérito da Policia Civil, no dia 11 de abril, por volta de 4h40, o policial, em um carro, foi à rua Begônia para deixar uma amiga, e teria se incomodado com alguns jovens que estavam na rua.
Consta na denúncia do Ministério Público que o PM, ao estacionar o carro, encarou as pessoas, que o reconheceram. Depois de alguns minutos, conforme foi apurado, o PM retornou ao local, desta vez, em uma moto, e quando se aproximou das vítimas, sem qualquer motivo, efetuou tiros para o alto.

Ainda conforme a acusação do MP, o policial apontou a arma para o grupo de jovens e abriu fogo. Um dos tiros acertou o fêmur de Tayrony. Outras quatro vítimas conseguiram correr e escaparam ilesas. “O policial caiu da moto, porém se levantou, subiu no veículo e efetuou novos disparos em direção às vítimas que correram. Em dado momento, Wagner se aproximou de Tayrony que estava caído, e ao se certificar que ele ainda estava vivo, efetuou novos disparos para pôr fim à vida do jovem”, diz trecho da denúncia. Conforme a acusação, o jovem teria pedido para que o PM não o matasse.

ALEGAÇÕES
Para o MP, Wagner tinha intenção de matar não só Tayrony, mas as outras testemunhas, fato que ficou evidenciado por meio de captação de imagens e interrogatórios. Já a defesa do policial alegou que as provas não são suficientes para incriminar o militar e pediu que o réu não fosse levado a julgamento.
A defesa ainda requereu a liberdade do acusado, argumentando que Wagner é um Policial Militar há mais de 10 anos, recebeu cerca de 35 elogios ao longo da carreira e que não trará nenhum prejuízo à sociedade.

SENTENÇA
Na sentença de pronúncia (documento que manda o réu a julgamento), a justiça considerou as provas suficientes para que o caso seja levado à apreciação do Júri Popular e retirou a qualificadora do motivo fútil, porque não há prova de que o crime tenha sido praticado por este motivo.
O documento manteve a qualificadora do recurso que dificultou a defesa da vítima e sentenciou o réu a responder não só pelo assassinato de Tayrony, mas também pela tentativa de homicídio contra as outras vítimas que estavam com ele.

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