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Polícia prende último foragido de quadrilha que vendia ‘Pokémons’

(Crédito: André Almeida)

 

IPATINGA – Foi preso nesta quinta-feira (24), na região do Alto do Game, bairro Iguaçu, Gilberto de Paula Júnior, o Juninho Pokémon, considerado um dos chefes de uma quadrilha especializada em aplicar golpes relacionados à compra e venda de carros usados na região Leste de Minas.

Juninho foi detido durante a Operação Impacto e, de acordo com o delegado Rodrigo Manhães, o suspeito estava na casa do pai no momento da prisão e tentou usar o nome falso de Marcílio, ao ser abordado pela polícia.

O homem estava foragido desde novembro do ano passado, quando a quadrilha da qual seria integrante foi desbaratada e três homens foram presos: Andrésio Junca, Lúcio Marcos de Almeida e José Luiz Ermelindo Ferreira. A continuidade do trabalho investigativo foi destacada por Manhães. “A Polícia Civil continuou trabalhando nesse caso, mesmo após a operação”, resumiu.

De acordo com o inquérito da PC remetido à Justiça, o grupo atuava nas cidades de Ipatinga e Caratinga comprando carros com cheques pré-datados. Eles recebiam os veículos e conseguiam também que a vítima do golpe preenchesse o recibo da venda.

Quando o dono do veículo tentava receber a quantia do carro, era informada pelo banco de que o cheque era falso, roubado ou adulterado e que não poderia ser descontado. Ao tentar receber o dinheiro dos golpistas, o lesado era enganado mais uma vez por eles, que protelavam os pagamentos ou simplesmente sumiam.

Uma outra estratégia dos estelionatários era dar às vítimas, como forma de devolução do dinheiro, um carro de valor inferior e mais cheques falsos. Depois, um integrante do grupo se oferecia para recomprar o carro da vítima, também usando cheques falsos. “Esse grupo deu um prejuízo enorme onde atuou”, disse o delegado – estima-se que, somente em Caratinga, o golpe tenha movimentado em torno de R$ 300 mil.

Rodrigo disse durante a apresentação do preso que Juninho Pokémon seria, juntamente com Andrésio Junca, o mentor do golpe. “Ele (Gilberto) era uma das cabeças pensantes do grupo” definiu o delegado.
À época da prisão dos outros envolvidos, também foram apreendidos 22 veículos que estavam sendo comercializados pelos suspeitos. De acordo com o delegado, os carros permanecem no pátio credenciado. ”Ao contrário do que chegou a ser dito, nenhum dos veículos foi liberado”, refutou.

Atualmente, sete processos relacionados ao golpe tramitam na Vara Criminal de Ipatinga. Quatro deles são de restituição dos veículos apreendidos e se encontram suspensos até que os réus sejam julgados.

Em março, a Justiça negou aos suspeitos um pedido de liberdade provisória e manteve-os presos preventivamente no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Ipatinga, para onde Gilberto também foi levado nesta quinta, após sua prisão. Ao todo, 22 advogados de defesa trabalham no caso e sete atuam especificamente para defender Juninho Pokémon.

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