Sérgio Luiz e Sterfesson Ricardo Moura Silva, ambos de 18 anos: um só vigiava e outro veio para o pagode; Deisilene Pereira do Carmo, 18 anos, e Juliane Felix Silva, 19 anos: autuadas por formação de quadrilha
IPATINGA – Uma quadrilha acusada de explodir um caixa eletrônico na Gerência Regional de Saúde em Coronel Fabriciano foi presa na madrugada de ontem por policiais militares próximo ao bairro Caravelas. Foram presos Sérgio Luiz, Sterfesson Ricardo Moura Silva, ambos de 18 anos, Deisilene Pereira do Carmo, 18 anos, e Juliane Felix Silva, 19 anos.
A explosão do caixa eletrônico ocorreu na madrugada da última segunda-feira (8). Nove funcionários da GRS foram rendidos por cinco criminosos e trancados em um consultório médico. Primeiro os bandidos tentaram carregar um terminal bancário, mas por causa do peso desistiram, explodiram o equipamento ao lado e tiveram êxito em levar parte do dinheiro que havia no compartimento.
Antes de fugirem, os assaltantes, na tentativa de roubar outro carro, arrombaram a sala de transporte da Prefeitura para pegar chave de um veículo que usariam no transporte de um dos caixas.
DESCOBERTA
Segundo a polícia o bando foi descoberto depois que uma patrulha de rotina se deparou com uma adolescente de posse de um aparelho celular de alto valor. Um dos militares desconfiou e analisou que a agenda telefônica possuía nomes de médicos conhecidos e resolveu fazer uma ligação. A pessoa do outro lado da linha afirmou que o aparelho era de uma pessoa que havia sido vítima de um assalto em Coronel Fabriciano em que houve um arrombamento a caixa eletrônico.
Ao ser questionada a jovem acabou denunciado um grupo de jovens do Parque Caravelas, em Santana do Paraíso. O bando foi preso dentro de um táxi nas imediações do bairro quando seguiam para uma festa. “A partir daí nós iniciamos um trabalho de reconhecimento e um dos suspeitos foi reconhecido pelas vítimas como sendo um dos autores que esteve atuando diretamente no assalto em Coronel Fabriciano”, esclareceu o aspirante Lucas.
VEÍCULO
Ainda com os acusados foi encontrado um veículo Corsa que foi assaltado no último dia 6 e que teria sido usado na noite da explosão do caixa na Gerência de Saúde. Segundo a polícia, um dos autores, Sérgio Luiz, acabou confessando sua participação, porém em entrevista à reportagem negou parte dos fatos alegando que ficou apenas “vigiando”. “Não fiz isso. Que arma de fogo pegaram da gente? Não pegaram nada. Esses caras (polícia), mentem demais. Eles queriam até “jogar” droga em cima de nós [armar um flagrante]. Eu fiquei só vigiando o pessoal. Fiquei só olhando. Manda a polícia prender o resto”, desconversou.
Outro acusado, Sterfesson, chorou e disse que estava há apenas um dia na região para participar de um pagode com umas meninas que havia conhecido. “Eu vim só para ir ao pagode e voltar no outro dia e a polícia abordou a gente e acabou me levando junto. Eu espero que o delegado me ouça aí e veja que não eu não tenho nada a ver com isso. Fui apenas uma vítima e enfiado no meio da confusão sem saber”, defendeu-se.
“FILIPINHO”
Documentos encontrados dentro do apartamento também foram apreendidos pela polícia e podem ser de outras pessoas supostamente envolvidas na explosão do caixa da GRS. A polícia não descarta a possibilidade de os suspeitos do assalto estarem ligados à quadrilha de “Filipinho”. “Até porque a informação que temos de uma das mulheres é que quando ela era menor, em outra ocorrência de arrombamento a caixa eletrônico, ela foi apreendida juntamente com pessoas ligadas ao bando dele”, disse Lucas.
AUTUADOS
Os quatro acusados foram autuados pela delegada de plantão Irene Angélica por formação de quadrilha, e os dois jovens, pelo roubo ocorrido na Gerência Regional de Saúde (GRS) em na madrugada de domingo (8), em Coronel Fabriciano.
