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Polícia desarticula esquema de clonagem de veículos roubados

(Crédito: Divulgação PC)

FABRICIANO – A Polícia Civil desarticulou na última sexta-feira (9) uma quadrilha que roubava e clonava veículos em Belo Horizonte e os revendia em cidades do Vale do Rio Doce. Os presos foram apresentados nesta quinta-feira (15) na delegacia de Fabriciano. Foram identificadas cinco pessoas envolvidas no crime, entre elas, uma dupla foi presa, dois estão foragidos e uma pessoa teve o pedido de prisão preventiva decretada.

Segundo o delegado Jorge Luiz Caldeira as investigações tiveram início em outubro do ano passado, e a quadrilha vitimou donos de agências de carro das cidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo. “Descartamos a possibilidade dos donos de agências terem envolvimento com a quadrilha, já que eles apresentaram comprovantes de que os carros foram pagos. Acreditamos que os proprietários de lojas de carros que adquiriram os veículos foram vítimas das quadrilhas e estão no prejuízo, já que os carros foram devolvidos para os donos em Belo Horizonte”, explicou o delegado.

ESQUEMA
Jorge explica que tudo começou com algumas informações repassadas à polícia, de que estava acontecendo um comércio de carros roubados na região. A partir das primeiras apurações o delegado chegou até um Saveiro Cross de cor prata, em uma agência de Fabriciano, que teria sido clonado pela quadrilha.

“O que chamou a atenção da polícia foi o grau de cuidado e especialidade da clonagem. Eles trocaram não só a placa, mas também alguns itens do carro, como o vidro, cinto, enfim, todos os acessórios que têm registrado o número do chassis, para não gerar nenhum tipo de dúvida. O trabalho foi tão bem feito que o grupo não enganou um consumidor comum, eles conseguiram ludibriar donos de agências, que já trabalham nesse ramo há muito tempo”, informou.

DEVOLUÇÃO

A partir desse rastreamento, a Polícia identificou os autores e dois dos reais proprietários, que tiveram seus veículos devolvidos. Ao todo foram apreendidos 12 veículos que tinham sido clonados e revendidos ilegalmente pelo grupo.
De acordo com Caldeira, os veículos eram clonados após uma perícia bastante detalhada, negociados com proprietários de agências de veículos e emplacados na capital.

ENVOLVIDOS

Caldeira apontou como líder da quadrilha, Izac Batista da Silva, de 36 anos, que está foragido da polícia. Segundo o delegado, o acusado tem passagens pela polícia por roubo, desobediência, falsidade ideológica, falsificação de documentos públicos, homicídio e formação de quadrilha.
Também está foragida Márcia Helena Meireles, de 29 anos. A suspeita foi apontada no esquema como participante que recebia em conta o dinheiro da venda dos carros.

AMANTES

Outra integrante identificada pela polícia é Aline Gabriela Leite Silva de 18 anos. A PC entendeu que a jovem tem um relacionamento amoroso com Izac, que é líder do grupo.

“Izac e Aline já foram presos em data passada em BH. Com eles foram apreendidos diversos documentos falsos. Mas eles foram soltos e não foi possível até o momento encontrar Izac para efetuar a sua prisão”, comentou.

Em relação à Aline, o delegado acrescentou que a jovem tem tatuada uma coroa com o nome de Izac na sua perna direita. “Além desta evidência, a polícia também conseguiu comprovantes da vendas dos carros em uma conta no nome de Aline”, finalizou.

PRESOS

Os dois presos apresentados pela polícia foram Paulo de Souza Cândido, de 54 anos, e Willian Regina de Jesus de 40 anos. O primeiro foi preso no fim de dezembro passado, já o segundo foi detido em janeiro deste ano, quando chegava em sua residência.

O delegado contou que Willian, durante o seu depoimento, relatou que conheceu Izac no Ceresp de Ipatinga, quando ambos estavam presos, e que meses depois eles se encontraram novamente em Ipatinga, quando o líder da quadrilha ofereceu a ele alguns carros para revenda.

TAREFAS
Willian então foi apontado como aquele que vendia os carros aos proprietários de agências. Já Paulo foi relacionado no crime como a pessoa que abria as firmas em Ipatinga e Timóteo e transferia os veículos para serem comercializados.
Paulo Cândido e William Regina foram presos e encaminhados ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp). Caldeira informou que eles podem responder pelos crimes receptação, adulteração, estelionato e formação de quadrilha.

“Não ficou confirmado no inquérito a participação desta quadrilha nos roubos e furtos dos carros. O que sabemos é que eles vendiam esses veículos que já chegavam no Vale do Aço roubados e clonados”, contou.

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