Cidades

PMT impede nova invasão de área pública no Alegre

TIMÓTEO – Homens da Vigilância Patrimonial, com apoio da Polícia Militar, impediram a invasão de uma área da Prefeitura de Timóteo na avenida Oito, atrás da Unidade de Saúde do bairro Alegre, onde está prevista a construção de uma escola municipal. A tentativa de invasão aconteceu no último sábado (27), mas, no mesmo dia, os ocupantes foram retirados e a área, cercada. “O município está fazendo projetos e buscando recursos para resolver o déficit habitacional e beneficiar quem realmente necessita. E não vai aceitar invasões ou movimentos oportunistas”, advertiu o prefeito Keisson Drumond.

AMEAÇAS

Aproximadamente 30 pessoas participaram da tentativa de invasão no Alegre. Logo no início, o movimento foi detectado pela Vigilância Patrimonial e a PM foi acionada. Os invasores se retiraram da área, mas retornaram, por volta das 21h de sábado. Desta vez, ao serem surpreendidos, alguns integrantes do grupo ameaçaram os vigilantes da Prefeitura com facões e foices, sendo necessária a intervenção policial. No domingo (28) pela manhã, a área já estava desocupada, e à tarde foi completamente cercada.

Informações levantadas pela PM e por técnicos da área social da Prefeitura de Timóteo indicam que boa parte dos participantes da tentativa de invasão no Alegre veio de outras cidades e de outros Estados. Dados fornecidos pelos próprios invasores mostram que mais da metade veio de São Paulo. Também foi detectada a participação de pessoas, inclusive líderes do movimento, que já possuem moradias em outras áreas invadidas do município.

PRISÕES
Na noite de sábado, durante a desocupação da área, os vigilantes da PMT desmontaram uma barraca improvisada e foram ameaçados por líderes do movimento que se encontraram no local: Alessandro Ribeiro Fortunato, Jaqueline Neves e Maria da Piedade Rodrigues. Outra liderança da invasão, identificada como Andrea Martins, também atacou os policiais e servidores que cumpriam a ordem, sendo detida e levada à sede da 85ª Companhia da PM acompanhada dos outros três colegas.

Os participantes da invasão ainda tentaram dificultar o trabalho da PMT e da Polícia Militar, com montagem de barricadas nas imediações da área, mas a área foi limpa e liberada no mesmo dia. No quartel da PM, no bairro Primavera, para onde foram os líderes da invasão foram levados, uma das detidas, Andrea Martins, sentiu-se mal e desmaiou, sendo atendida no Centro de Saúde João Otávio, no Olaria. Depois de examinados, e constatado que não houve nenhuma lesão, os quatro foram indiciados em inquérito.

VIGILÂNCIA
A Prefeitura de Timóteo advertiu que não vai permitir que novas invasões de terrenos públicos aconteçam no município e, por isso, reforçou a vigilância em todas as áreas. “Temos um projeto sério para o setor habitacional, com unidades já em andamento e outras sendo projetadas. Por isso não vamos permitir que oportunistas e pessoas de outras cidades venham a criar problemas em Timóteo. Vamos garantir o direito de quem tem direito”, afirmou o secretário municipal de Governo, Geraldo Silva Ferreira – Gegê.

O secretário de Meio Ambiente, Serviços Urbanos e Trânsito, Eduardo Carvalho, cobrou “responsabilidade” das lideranças do movimento, que já ocupa outras áreas na cidade, nos bairros Recanto Verde, Limoeiro e Macuco, e que assumiram compromisso, alguns meses atrás, de não incentivarem novas invasões enquanto se busca uma solução para as já existentes. A tentativa de invasão no Alegre, conforme Eduardo, quebra a relação de confiança e de diálogo que a PMT vem mantendo com entidades e pessoas do movimento habitacional.

“A Prefeitura sempre esteve aberta ao diálogo. Tanto que, desde o início do ano, temos conversado com as lideranças do movimento habitacional e buscado soluções para o problema. Não podemos, porém, ser omissos e, como as próprias lideranças concordam com a Administração, não aceitaremos, de forma alguma, a ocupação de áreas de proteção ambiental e para onde estão previstas obras e melhorias para a comunidade. Como a própria área do Alegre, que tentaram invadir por último: no local será construída uma nova escola”, completa Eduardo de Carvalho.

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