PMBO mantém bolsa transporte mais restrita

BELO ORIENTE – Motivada pela queda de receitas, a prefeitura de Belo Oriente decidiu criar o “Bolsa Transporte” e manter parcialmente, em 2015, o transporte de alunos que fazem cursos técnicos e faculdades nos vales do Aço e Rio Doce. Até o ano passado mais de 600 pessoas eram transportadas gratuitamente nos 17 ônibus, consumindo recursos próximos a R$ 720 mil/ano dos cofres municipais. Com a nova medida, 200 pessoas comprovadamente carentes continuam tendo garantido o transporte neste nível de ensino, a partir de fevereiro.
O anúncio foi feito na semana passada pelo prefeito Pietro Chaves (PDT), no plenário da Câmara Municipal, na reunião com dezenas de estudantes que lotaram o plenário legislativo. Na presença dos vereadores José Pires, Alex do Morro, Rivaldo Martins, Fábio Kará e Robson Amâncio (Bil), o prefeito expôs os motivos da medida.
“Os recursos disponíveis não permitem manter o atual programa e a obrigação legal do município é com o ensino fundamental. Mesmo assim, vamos fazer um sacrifício para viabilizar o bolsa transporte e continuar beneficiando os estudantes que mais precisam”, explicou Pietro.

CRITÉRIOS
Atualmente a prefeitura disponibiliza gratuitamente os ônibus para todos os moradores que estudam em Ipatinga, Cel. Fabriciano, Valadares e Caratinga. Com o programa, a concessão do benefício obedecerá a critérios sociais, com acompanhamento de representantes da prefeitura, Câmara Municipal e dos próprios alunos. “Será um processo com a participação de assistentes sociais e de uma comissão representando os alunos. Isso garantirá a transparência e justiça na concessão do benefício para quem precisar”, acredita o prefeito.
Pietro lembrou que outras medidas como a redução dos cargos de confiança para apenas 52, demissão de contratados e diminuição de secretarias, também foram tomadas para equilibrar o orçamento. Disse que são medidas “duras, mas necessárias” que permitirão à administração prosseguir com as obras, retomar a construção da Escola Municipal Perpétuo Socorro e garantir a contrapartida do município para reabrir o Hospital Regional de Belo Oriente.
“É uma decisão de governo. Hoje a prioridade é construir a escola, reabrir o nosso hospital e dar continuidade às várias obras. Infelizmente, temos que definir prioridades porque não tem recurso para fazer tudo ao mesmo tempo”, concluiu.