MARLIÉRIA – Com o apoio da Polícia Militar, a Receita Estadual fiscalizou na tarde de sábado (8), em Marliéria, a “Grande Feira do Brás e da 25 de Março”, evento que aconteceu no sítio Quinca Ferreira (saída para o distrito de Cava Grande), onde vendedores ambulantes comercializavam roupas e produtos diversos. De acordo com o boletim de ocorrência (BO) registrado pela PM, os organizadores da feira foram levados à sede da Receita Estadual em Ipatinga “onde seriam emitidas as guias dos valores dos encargos referentes ao evento” e, ainda, que “só após o pagamento dos impostos a feira seria liberada para funcionar.”
PREJUÍZOS
Receita Estadual e PM foram à feira depois de provocados pelo Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) Vale do Aço que, no início da tarde da última quinta-feira (6), havia enviado ofícios pedindo a imediata interdição do evento. No documento encaminhado pela entidade patronal foi ressaltado que a feira – na véspera do Dia dos Pais – só traria prejuízo à região e aos comerciantes legalmente estabelecidos, uma vez que, entre outros problemas, não haveria o pagamento de tributos, gerando uma perda econômica sem precedentes.
FEIRAS
Na avaliação do presidente do Sindcomércio, as chamadas feiras “do Brás” ou “da “madrugada”, que há meses têm atormentado os empresários de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, representam uma concorrência completamente desleal ao comércio legalmente estabelecido, que paga impostos, gera empregos e cumpre suas obrigações fiscais, trabalhistas e tributárias. “São feirantes oportunistas, de outros estados e países que sempre vêm à região na véspera das datas comemorativas ou em época de pagamento. Geralmente não pagam os encargos exigidos por lei, arrecadam o dinheiro da população e vão embora sem gerar receita para o Vale do Aço. Todos ficam prejudicados”, conclui Facundes.
