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Pietro demite e exonera 350 na prefeitura de Belo Oriente

“O coração chega a doer, porque são companheiros valorosos. Entretanto, lei não se discute”, disse o prefeito
(Crédito: Elaine Cristina/ACS/PMBO)

BELO ORIENTE – O prefeito de Belo Oriente, Pietro Chaves (PDT), exonerou, nesta segunda-feira (23), 1/3 dos cargos em comissão, os chamados “cargos de confiança” do seu governo. Com isso, 50 gerentes e coordenadores deixaram de exercer suas funções na prefeitura municipal. Desde maio, em medidas de mesmo teor, ele já demitira 300 servidores contratados, quando iniciou o processo de adequação da administração municipal à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que determina um gasto máximo de 54% da arrecadação com pagamento de pessoal.

Pietro informou que as demissões e exonerações motivaram, de lá para cá, uma economia próxima a meio milhão de reais na receita do município, valor este necessário para equilibrar as contas públicas, em função dos convênios federais para os quais o município deverá apresentar contrapartida de R$1,5 milhão em 2014, além das dívidas superiores a R$ 34 milhões herdadas do governo anterior. “Em apenas nove meses, já quitamos mais de R$ 7 milhões desta dívida. Temos ainda que pensar nos grandes projetos em convênio com o governo federal, ou por emendas parlamentares que exigirão contrapartida financeira no próximo ano. Não poderíamos continuar com este alto gasto com pessoal, daí a necessidade dos cortes”, comentou.

NECESSIDADE

O prefeito disse que a contratação dos servidores, no último mês de fevereiro, se deu pela necessidade de garantir a prestação de serviço com qualidade à população. Entretanto, com a acentuada queda da receita, os 300 contratados tiveram que ser demitidos para adequar o município aos limites da LRF. “O coração chega a doer, porque são companheiros valorosos. Entretanto, lei não se discute. Temos que cumprir. Então, não há outro remédio que não seja cortar na própria carne”, afirmou Pietro, lembrando que os que permaneceram terão que se desdobrar para suprir a carência de servidores.

Ele lembrou que um dos compromissos de campanha foi retomar a valorização do servidor efetivo da prefeitura, com salários em dia, recomposição salarial anual e reajustes periódicos. “Não abro mão de conceder ao servidor, este ano, pelo menos a inflação do período. As exonerações dos contratados e cargos de confiança não estavam previstas, mas se tornaram necessárias em função da limitação da receita. Infelizmente, sabemos da dificuldade que será manter a prestação dos serviços com qualidade, mas teremos que fazer mais com menos”, concluiu.

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