Policia

PF não se entende sobre novo comando

Fernando de Pinho Barreira, perito criminal que organizou a eleição de nomes indicados para diretor-geral da PF, divulga o resultado (Elza Fiuza/Agência Brasil)

BRASÍLIA – A delegada Erika Mialik Marena, responsável por coordenar as investigações da Operação Lava Jato na Polícia Federal (PF) de Curitiba, foi a mais votada pelos delegados da PF para assumir a direção da entidade.
Ela é um dos nomes que compõe a lista tríplice que será encaminhada ao presidente da República interino, Michel Temer, pela Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal (ADPF), que organizou a votação.

AUTONOMIA
Atualmente, a nomeação para o cargo é uma atribuição do presidente da República, mas a ADPF argumenta que a escolha por meio da lista tríplice, mesma prática adotada na seleção do procurador-geral da República, é o modo mais seguro de garantir gestão técnica e autonomia à Polícia Federal.

Por meio da PEC 412/2009, que terá parecer votado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) nesta terça-feira (31), os delegados querem que a lista tríplice se torne lei. A ADPF defende também um mandato de três anos para o diretor-geral, renovável apenas uma vez por igual período, de modo a impedir que o ocupante do cargo seja destituído intempestivamente.

FEDERAÇÃO
Depois de a Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal (ADPF) ter anunciado lista tríplice para sugerir o nome do novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) se posicionou contra o procedimento. Segundo o presidente da entidade, Luís Boudens, a lista não está prevista em lei e atende a interesses de apenas 10% dos servidores da PF.

“Não existe previsão legal para uma lista tríplice. Esta é uma tentativa de pressionar o ministro da Justiça a escolher alguém alinhado com as ideias corporativas”, disse Boudens. Ele acrescentou que se houvesse previsão para este tipo de indicação, a lista deveria ser feita com a votação de todos os servidores da corporação.
Segundo Boudens, a Fenapef oficiou um pedido de audiência com o ministro Alexandre de Moraes e um dos assuntos a ser abordado será a lista tríplice.

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