Cidades

Petistas pedem expulsão de Kim

Kim e Neli Gomes durante campanha eleitoral no ano passado. Postura do ex-prefeito foi denunciada como infidelidade partidária

PARAÍSO – Foi protocolada no diretório municipal do Partido dos Trabalhadores, em Santana do Paraíso, uma denúncia de infidelidade partidária contra o ex-prefeito da cidade, Joaquim Correia, o Kim. O documento foi assinado por Clodinei Maria de Melo, secretária geral da legenda, e entregue no dia 31 de dezembro, último dia de Kim à frente do Executivo de Paraíso.

Segundo o documento, Kim teria cometido infidelidade partidária ao apoiar a candidatura de Neli Gomes (PRB) à Prefeitura Municipal nas eleições do ano passado. O então prefeito, que por duas vezes consecutivas ocupou a cadeira, preferiu apoiar a candidata, desobedecendo à determinação de seu partido de apoiar o petista Zizinho à sua sucessão.

De acordo com o Estatuto do PT, a atividade política contrária ao programa e ao manifesto do partido, a propaganda de candidato de outra sigla ou de coligação não aprovada pelo PT ou a recomendação de seu nome ao eleitorado caracterizam a infidelidade partidária.

Ainda segundo o documento normativo do PT, tanto a infidelidade quanto a infração grave às disposições estatutárias e desobediência dos princípios programáticos dos deveres partidários são motivos para a expulsão de um membro do Partido.

Além de ser acusado de não seguir as recomendações de sua legenda, Kim também foi denunciado por inadimplência e não pagar, há pelo menos um ano, uma taxa mensal cobrada dos membros que ocupam cargos eletivos ou comissionados.

O ex-prefeito tem 10 dias para elaborar sua defesa e apresentá-la ao diretório do Partido. Será aberto, então, um processo para julgar as irregularidades que deverá se conduzido por uma comissão de Ética e Disciplina do próprio partido.

Eleito na cidade, o atual prefeito, Zizinho, afirmou que apoia o debate e o direito de defesa de Kim, mas afirma que as atitudes do ex-prefeito podem ter sinalizado um descontentamento com a legenda. “Ele se excluiu do partido quando não seguiu as orientações”, disse.

ESTADUAL
Antes da representação municipal, uma denúncia havia sido protocolada na Executiva Estadual do PT pedindo que fossem apuradas as possíveis irregularidades de Kim. O documento foi assinado por alguns deputados mineiros e pelo ex-prefeito de Coronel Fabriciano, Chico Simões.

No entanto, a recomendação do partido é que se sigam instâncias e, pela lógica, o diretório municipal deveria ser o primeiro acionado para que fosse dado início ao processo.
Kim não foi encontrado para falar sobre o caso, mas ex-membros de sua assessoria de Governo informaram que ele está viajando e que só falará quando retornar de suas férias.

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