O plano do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva era, a exemplo do que fez há 20 anos, só começar a divulgar sua equipe de governo a partir do dia 10 de dezembro, mas crescem as pressões de aliados para antecipar esse calendário, principalmente na área econômica. Assessores ligados ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin gostariam de ver logo escolhido o ministro da Fazenda para servir de interlocutor com o mercado, enquanto pessoas próximas a Lula dizem que essa escolha poderia facilitar a negociação com o Congresso para a aprovação da PEC da Transição.
E a composição do governo começa a gerar atritos em quem já pensa nas eleições de 2026. Setores no PT são contra a nomeação da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que participou ativamente da campanha de Lula no segundo turno, para o Ministério do Desenvolvimento Social (atual Cidadania). Ali ela controlaria o orçamento do Bolsa Família, o que lhe permitiria criar conexões com a população de baixa renda e aumentaria seu cacife eleitoral. Tebet por sua vez, não teria interesse nas pastas da Agricultura e da Educação.